A cada eleição no Brasil, sinto-me mais convencido de que num país onde 12% da população é analfabeta e cerca de outros 30% é constituída por analfabetos funcionais, não existe verdadeiramente uma democracia.
As pessoas não são informadas, verdadeiramente instruídas. Não sabem quem são os candidatos, o que fizeram e quais os seus projetos. Não sabem sequer qual a função de um Deputado ou Senador.
Em grande parte das vezes, a eleição continua sendo ganha pelo poder financeiro, ou seja, o dinheiro injetado em campanha e nas ferramentas de relacionamento social do candidato para com os eleitores.
Quem ganha, portanto, não é sempre o representante legítimo do povo, mas sim o representante de quem tem poder para financiar a campanha política, daí a razão de termos tantos representantes do bloco das instituições financeiras, dos mega empresários do agronegócio, das empresas transnacionais.
Por isso digo que vivemos em uma plutocracia não institucionalizada e só viveremos realmente em uma democracia quando todos tiverem acesso à educação de qualidade (o que nunca foi prioridade por aqui).
Obs. plutocracia (do grego ploutos: riqueza; kratos: poder) é um sistema político no qual o poder é exercido pelo grupo mais rico. Do ponto de vista social, esta concentração de poder nas mãos de uma classe é acompanhada de uma grande desigualdade e de uma pequena mobilidade.
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