30 de novembro de 2011

CRIATÓRIO CENTRAL DE MOSQUITOS (JARAGUÁ DO SUL)
















Entre a ciclovia e a linha férra, em localização central de Jaraguá do Sul, há anos que se constata acúmulo de água sem escoamento ou drenagem. Não adianta somente as pessoas evitarem a água parada em suas residências se o poder público não faz a lição de casa.

A fotografia eu vi lá no http://www.poracaso.com/

26 de novembro de 2011

LÉO E BIA (OSWALDO MONTENEGRO)

PREGUIÇA E NEPOTISMO (POR PATRÍCIA MORAES)

De um lado bateu a preguiça em alguns parlamentares da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul. Se aprovassem a abertura de uma Comissão Processante contra a Prefeita Cecília  Konell (PSD), o grupo teria 90 dias para concluir os trabalhos, incluindo a oitiva de testemunhas, a finalização e votação do relatório final. O que significa dizer que as férias ficariam comprometidas. De outro, o recado que fica é que sete vereadores, de um total de 11, são a favor da contratação de parentes para administração pública. Podem até discursar em sentido oposto, mas na noite de quinta-feira revelaram a sua verdadeira face. Lorival Demathê (PSD), Afonso Piazera (PR), Ademar Possamai (DEM), Amarildo Sarti (PV) e José Osório de Ávila (PSD) disseram não à investigação e sim ao nepotismo. Já Ademar Winter (PSDB), por deliberação do partido, teve que ser mais discreto e se absteve. E a surpresa ficou mesmo com Jean Leutprecht(PC do B), que covardemente não apareceu para a sessão. Ao lado da Lei Orgânica do Município  ficaram apenas Natália Petry (PMDB), e os petistas Justino da Luz e Francisco Alves. O presidente, Jaime Negherbon (PMDB) só votaria em caso  de empate, mas antes mesmo do resultado garantiu que se pudesse votar aprovaria a Comissão Processante. Ronaldo Raulino (PDT) até pode ter se promovido com o pedido, mas acabou ajudando a derrubar algumas máscaras.
(Texto publicado no Jornal O Correio do Povo de 26/27 de novembro de 2011).

OPINIÃO:

A jornalista merece elogio pela integridade e isenção do texto. Boa parte dos vereadores não representa, como deveria, os interesses da população jaraguaense. Alguns preferem fechar os olhos, fingir que não enxergam as ilegalidades e desmandos, enfim receber o salário de vereador, mas não cumprir com os deveres (de participação ativa e fiscalização) que assumiram perante o eleitorado.

Vou sugerir a quem puder, que  não reeleja nenhum vereador nas próximas eleições. A renovação das cadeiras será a melhor mensagem de insatisfação que poderemos transmitir àqueles que pretendem ocupar essa função pública.

24 de novembro de 2011

CAPITAL X LIBERDADE

Nós somos realmente muito inteligentes. Recebemos um planeta inteiro de possibilidades e recursos gratuitos. Através do uso da razão conseguimos convertê-lo em uma mercadoria cara, de acesso restrito.

Fundamentados em nossa superioridade na escala evolutiva, bem como em passagens de textos sacralizados, supostamente escritos ou inspirados por Deus, conseguimos, em pouco tempo, precificar os recursos naturais e dizimá-los dentro de nosso insano sistema de trocas que consegue enxergar apenas o presente.

À guisa de exemplo, o pequeno trecho bíblico a seguir transcrito, serviu de pretexto para aplacar o peso na consciência daqueles que durante tanto tempo exploraram e exauriram os recursos naturais (afinal, estavam apenas cumprindo o mandamento celestial):

 Então Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra”. Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: “Frutificai disse ele, e multiplicai-vos, enchei a Terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a Terra”.
(Gênesis – Capítulo 1, versículos 26-28).

Segundo a UNESCO, atualmente, cerca de um terço dos sete bilhões de habitantes do planeta vive em miséria absoluta e passa fome. Ultrapassamos em aproximadamente vinte por cento a capacidade de regeneração dos recursos do planeta e a espécie humana está conseguindo, graças à sua soberania frente aos demais seres, eliminar paulatinamente todos aqueles que não lhe são úteis.

Sim, o utilitarismo social foi pervertido pelo capital e levado às últimas consequências. Somente os seres vivos que têm utilidade são mantidos dentro de um padrão de segurança para a sua existência. Aqueles que não servem como alimento, entretenimento, luxo, remédio, combustível ou que não sejam facilmente reproduzíveis, estão condenados ao desaparecimento. 

Esse utilitarismo também se aplica aos próprios seres humanos. Só é valorizado aquele que pode colaborar ativamente com o giro da grande roda mágica do capital. Idosos, analfabetos, deficientes ou mesmo aqueles que não se enquadram na lógica imposta, são vistos algumas vezes como fardos para a sociedade, verdadeiros marginais no sentido de se situarem à margem do sistema. 

Nosso avançado sistema de trocas comerciais, esse mesmo que transformou o nosso planeta em um produto, foi também capaz produzir tamanha alteração no ambiente que a liberdade por si só, perdeu muito do seu sentido.

Atualmente a liberdade só faz sentido para quem dispõe de dinheiro para utilizá-la. Sem dinheiro não há sequer como satisfazer as necessidades básicas de sobrevivência, o que se dirá de usar dignamente da liberdade de locomoção e de opinião.

Somos fundamentalmente livres segundo o texto de nossa Constituição Federal, mas livres para que? Livres para funcionar como peças uniformes, inconscientes e alienadas? Engrenagens de carne movidas por desejos pueris e necessidades criadas pelo marketing

O brasileiro, por exemplo, que trabalha um mês inteiro e leva um salário mínimo para a sua família é considerado livre. Porém, como exercerá a sua liberdade? O que poderá ele fazer durante o seu exíguo tempo de lazer?

O capitalismo é realmente um sistema engenhoso que conseguiu transformar o antigo escravo em uma peça facilmente substituível ainda mais barata e que não pode sequer reclamar da falta de liberdade. Se quiser ir embora, que vá. Fuja do sistema, se puder...

17 de novembro de 2011

TERAPIA CULINÁRIA

É noite de quarta-feira, o sol já se pôs e mais um dia movido a cortisol e adrenalina vai chegando ao final.

Enquanto o oriental senta paralisado e concentra-se para esvaziar a mente, eu medito cortando cebola, alho, tomate, pimentão, cheiro verde e temperando postas de peixe.

Panela de barro sobre a pia, lentamente coloco uma camada de peixe, sal, uma camada de temperos, sal, nova camada de peixe e outra de temperos, até chegar pouco antes da borda.

O processo corporal é de semiconsciência. Não penso no que estou fazendo para não errar. A consciência traz o erro e afasta a sensibilidade das quantidades e medidas de ingredientes.

Sobre os ingredientes derramo leite de côco, azeite de dendê, pimenta do reino e um pouco de Curry.

Nesse estágio os problemas cotidianos já parecem mais distantes, a mente começa a descansar, o coração bate mais lento e a respiração diminui seu ritmo.

Hora de ligar o fogo e, enquanto o calor penetra nos ingredientes, arrumo detalhadamente a mesa para o jantar. Não perco de foco que o mais importante é o ritual, o caminho, a viagem para chegar no destino gastronômico e não este em si.

No momento em que a mesa está pronta, o aroma de moqueca já perfuma a casa e instiga o apetite. A alquimia culinária está em pleno vapor. O que era peixe agora é cebola, o que era cebola agora é pimentão e o que era pimentão agora é alho.

Hora de apagar o fogo e deixar descansar a moqueca e o corpo, ambos mudados de formas diferentes, através dos vários ingredientes que os formam.

Resta ainda a refeição em si, que deve ser lenta, acompanhada de boa conversa, farinha de mandioca e música para a alma.

Com o término do jantar conclui-se a sessão da terapia culinária. Depois da sessão, nada de televisão ou internet. Hora de ler um pouco, sublinhar textos interessantes a meia luz, refletir sobre novas ideias e aguardar o irresistível aumento de peso das pálpebras.

11 de novembro de 2011

SOBRE AS CRIANÇAS

Sim, julgo às vezes, considerando a diferença hedionda entre a inteligência das crianças e a estupidez dos adultos, que somos acompanhados na infância por um espírito da guarda, que nos empresta a própria inteligência astral, e que depois, talvez com pena, mas por uma lei mais alta, nos abandona, como as mães animais às crias crescidas...

Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa).

COMPREI ONTEM NO SUPERMERCADO - IMAGEM É TUDO!























A fome bate, você compra o produto no supermercado, chega em casa, aquece, abre e vem aquela SURPRESA!

7 de novembro de 2011

QUER SENTIR DESESPERO?
















Então aprecie esta amostra da desgraçada política brasileira.

Obs. vi lá no www.poracaso.com

PROPAGANDA DE CHOCOLATE OU DE LSD?

3 de novembro de 2011

CONTANDO UMA NOVIDADE

Em recente viagem, tive uma conversa com um guia de uma cidade no interior de Alagoas. Estávamos olhando um grupo de macacos próximos de nós, quando o guia do passeio iniciou o seguinte diálogo:

- Acho que o macaco gostou do senhor!

- Vai ver é pelo meu nome.

- Que nome?

- Darwinn, oras...

- E o que é que tem?

- Darwin foi o cientista que sistematizou a Teoria da Evolução das Espécies.

- E o que diz essa teoria?

- Ora, você nunca ouviu falar? Fala que o homem evoluiu do macaco.

Então com olhos esbugalhados, boca aberta e uma cara de quem havia visto o demônio na frente, o guia disse:

- Não pode!

- Por que não?

- Porque na Bíblia está escrito que no princípio era o Verbo.

- Sim, você se refere ao Evangelho de João.

- Sim, é mais confiável. Com todo respeito ao seu nome, nesse tal de Darwin não dá pra confiar, não. Nem conheço o cara!

E ali terminou o quase-debate entre dois grandes teóricos do Evolucionismo e do Criacionismo.

3ª FEIRA DE ANIMAIS PARA ADOÇÃO EM JARAGUÁ DO SUL (SC)

3ª FEIRA DE ADOÇÃO DE ANIMAIS
"Adote com consciência "
Dia 05/11/2011 (sábado legal)
Horário: 09h às 11h30
Local: Praça Ângelo Piazera, fundos do Museu Municipal
Em caso de chuva: Cancelado!

PALESTRAS MOTIVACIONAIS

Há tempos que as empresas contratam desportistas, artistas, navegadores e celebridades em geral para, volta e meia, proferirem palestras motivacionais aos seus empregados, principalmente da área de vendas.

O objetivo desse investimento é que tais ícones sociais falem de suas histórias de (relativo) sucesso e revigorem o estado de ânimo dos empregados, com vistas a incrementar o desempenho de determinados setores da empresa ou desta como um todo. 

Assim sendo, geralmente no momento final da convenção empresarial, surge o navegador falando aos empregados do escritório que a vontade em vencer desafios é que o tornou bem sucedido; pode aparecer também a profissional do basquete falando que a virtude da persistência em atingir as metas do seu time é que lhe conduziu ao sonho olímpico; e até a ilustre ex-anônima sorteada (ou indicada por seus dotes físicos) para participar do BBB ganha dinheiro para falar da importância de serem traçadas estratégias vencedoras para faturar o grande prêmio da vida real.

Porém, antes de os empregados estarem motivados para cumprir as metas propostas, penso que eles, precisam ser vistos como seres humanos e, a partir disso, incentivados a buscar razões para viver e viver bem. 

Para isso é necessário primeiro procurar respostas para aquelas questões Titânicas: você tem fome de que? Você tem sede de que?

Por muito tempo, a religião cumpriu com esse papel. As hordas de fieis acreditavam piamente nas promessas de vida eterna no paraíso, o que aplacava sofrimentos, anestesiava os ânimos e justificava as desigualdades da vida na Terra (repetia-se que era mais fácil um camelo passar por um buraco de agulha do que um rico entrar no reino dos céus).

Entretanto, depois da emblemática morte de Deus anunciada por Nietzshe, esse estado de coisas (e principalmente de ideias), tem passado por profundas mudanças. A sociedade vem depositando e concentrando as suas esperanças no indivíduo corpóreo e material. Aos poucos, o senso de unidade (comum unidade – comunidade) foi sendo também dissipado e transferido para a figura do indivíduo, único responsável por sucessos ou fracassos.

Nesse cenário é que o indivíduo passa a se perguntar: trabalhar com afinco, objetivar a perfeição, cumprir metas extenuantes, para que? O que o espera na velhice ou na morte? Vale a pena o risco do fracasso? Será ele mais um a engordar as grossas fileiras de excluídos do padrão de sucesso? E sucesso até quando? Existe permanência no atual cenário líquido e mutante?

Na realidade, a palavra-chave da motivação sempre será “acreditar”. O ser humano, para sentir-se motivado precisa, antes de tudo, acreditar em algo, em uma ideia, em uma proposta ou ideologia. É justamente por essa razão que as religiões funcionaram eficazmente durante muito tempo e, em alguma medida, ainda funcionam. 

Essa aspiração essencialmente humana de crer, de procurar uma causa para viver foi bem ilustrada pela Legião Urbana na canção Índios:

Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.

É por isso que acho engraçadas essas palestras motivacionais proferidas por ex-participantes de reality shows e outros magos do sucesso instantâneo. Na verdade, reputo-as como investimentos de retorno duvidoso.

Como disse acima, o ser humano precisa de uma verdade para acreditar, de uma convicção para defender, de um ideal para cultivar. É daí que surge a verdadeira motivação.

Não é por acaso que José Ingenieros iniciou o seu clássico O Homem Medíocre, com as seguintes palavras: “Quando você dirige a proa visionária para uma estrela e estende a asa para tal excelsitude inalcançável, no afã da perfeição e rebelado contra a mediocridade, leva com você a mola de um ideal.”

O que vale, portanto, é identificar a mola propulsora do homem (a verdade a ser acreditada) em direção ao melhor, ao perfeito e às virtudes desejadas, o que não se consegue com palestras de fim de convenção, e sim, através de um trabalho contínuo de aproximação e relacionamento com as pessoas, apresentação de objetivos claros, justos e coerentes da organização, bem como com a demonstração de que através da consecução de tais objetivos será possível a satisfação, ao menos em parte, das aspirações pessoais de quem estiver envolvido.

1 de novembro de 2011

VIVER COM CONSCIÊNCIA



Com um excelente poder de síntese, falando apenas o necessário e suficiente, o entrevistado disse tudo e disse muito bem.

Obs. Vi este vídeo lá no www.bacafa.blogspot.com