30 de maio de 2009

COLETÂNEA DE TEXTOS DE EDUARDO GALEANO - SELEÇÃO FEITA POR EMIR SADER

Nesta coletânea, Galeano mostra como os conquistadores europeus e seus pensadores, dos séculos XVI e XVII, pretendiam "provar a inferioridade" de negros e índios nas terras "descobertas", justificando a ocupação e dominação desses povos.

Eduardo Galeano

Assim se prova que os índios são inferiores (segundo os conquistadores dos séculos XVI e XVII).

Suicidam-se os índios das ilhas do Mar Caribe?
Por que são vadios e não querem trabalhar.

Andam desnudos, como se o corpo todo fosse cara?
Porque os selvagens não tem pudor

Ignoram o direito de propriedade, tudo compartiham e não tem ambição de riqueza?
Porque são mais parentes do maçado do que do homem.

Banham-se com suspeitosa freqüência?
Porque se parecem aos hereges da seita de Maomé, que com justiça ardem nas fogueiras da Inquisição.

Acreditam nos sonhos e lhes obedecem as vozes?
Por influencia de Satã ou por crassa ignorância.

É livre o homossexualismo? A virgindade não tem importância alguma?
Porque são promíscuos e vivem na ante-sala do inferno.

Jamais batem nas crianças e as deixam viver livremente?
Porque são incapazes de castigar e de ensinar.

Comem quando têm fome e não quando é hora de comer?
Porque são incapazes de dominar seus instintos.

Adoram a natureza, considerando-a mãe e acreditam que ela é sagrada?
Porque são incapazes de ter religião e só podem professar a idolatria.

ASSIM SE PROVA QUE OS NEGROS SÃO INFERIORES
(Segundo os pensadores dos séculos XVIII e XIX)


Barão de Montesquieu, pai da democracia moderna:
É impensável que Deus, que é sábio, tenha posto uma alma, sobretudo uma alma boa, num corpo negro.

Karl Von Linneo, classificador de plantas e animais:
O negro é vagabundo, preguiçoso e inteligente, indolente e de costumes dissolutos.

David Hume, entendido em entendimento humano:
O negro pode desenvolver certas habilidades próprias das pessoas, assim como o papagaio consegue articular certas palavras.

Etienne Serres, sábio em anatomia:
Os negros estão condenados ao primitivismo porque têm pouca distância entre o umbigo e o pênis.

Francis Galton, pai da eugenia, método cientifico para impedir a propagação dos ineptos:
Assim como um crocodilo jamais poderá chegar a ser uma gazela, um negro jamais poderá chegar a ser um membro da classe média.

Louis Agassiz, eminente zoólogo:
O cérebro de um negro adulto equivale ao de um feto branco de sete meses: o desenvolvimento do cérebro é bloqueado porque o crânio do negro se fecha muito antes do que o crânio do branco.


Fonte: http://www.cartamaior.com.br/

27 de maio de 2009

SANTA CATARINA É VICE-CAMPEÃ EM DESMATAMENTO

Santa Catarina é o estado do país com o segundo maior índice de desmatamento das áreas de Mata Atlântica. O levantamento foi feito pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Comentário: a vice-liderança é temporária. Com o novo "Código Ambiental " será muito fácil chegar ao primeiro lugar. Com essa ajuda do Governo do Estado e da Assembléia Legislativa seremos, enfim, campeões nacionais de destruição da mata atlântica.

PENSÃO E TRATAMENTO PSICOLÓGICO PARA CRIANÇA DEVOLVIDA PELOS PAIS ADOTIVOS

O Ministério Público Estadual (MPE) de Minas Gerais propôs uma ação civil pública contra uma família de Uberlândia (MG) que devolveu uma criança ao Juizado, sem apresentar justificativas, cerca de sete meses após protocolarem pedido de adoção.

O MPE requer medida liminar concedendo o pagamento imediato de pensão alimentícia para que a criança possa receber tratamento psicológico. A liminar também pede que os pais adotivos a indenizem em cem salários mínimos, além de pagar a pensão até que ela complete 24 anos.

26 de maio de 2009

PLANO DE SAÚDE NÃO PODE LIMITAR VALOR DO TRATAMENTO

Segundo decisão do Superior Tribunal de Justiça, as operadoras de saúde estão proibidas de restringir o custo de internações ou limitar valor de tratamento.

A decisão, dada em um processo iniciado em 1996, abre precedente e pode beneficiar usuários dos chamados planos antigos, que foram contratados antes de 1º de janeiro de 1999. Mas é preciso que o consumidor entre na Justiça para também ser beneficiado.

Até essa data, a legislação não proibia os planos de estabelecer restrição de tempo ou de valor de tratamentos e internações. Já na nova lei, seguida pelos contratos firmados a partir de janeiro de 1999, os planos não podem ter cláusula de restrição de tempo ou valor de tratamento. Hoje, cerca de 11,7 milhões de pessoas mantêm contratos de planos antigos.

Em 2004, o STJ já havia estabelecido como abusiva a cláusula de contrato que limita o tempo de internação, com a edição da súmula 302.

Com a nova decisão, a 4ª Turma do tribunal entendeu que o valor do tratamento ou da internação também não podem ser limitados em contrato.

"Da mesma forma que não tem lógica determinar contratualmente o prazo de recuperação de um paciente, não se pode limitar o custo do tratamento médico-hospitalar", afirmou o relator do caso no STJ, ministro Aldir Passarinho Júnior, em seu voto.

Fonte: www.noblat.com.br

24 de maio de 2009

"PRÉ OCUPAÇÃO" COM O DEVIR

"Os que censuram aos homens sempre se preocuparem com as coisas futuras e nos ensinam a gozar os bens presentes, e com eles nos contentarmos, observando que não mandamos no que está por vir, menos ainda do que no passado, referem-se ao mais corriqueiro dos erros humanos, se é que se pode chamar erro a essa tendência que, embora a ela sejamos impelidos pela própria natureza no afã da continuidade de sua obra, falseia a nossa imaginação, mais exigente de ação do que de ciência, ainda que ignoremos aonde nos leva. Nunca estamos em nós; estamos sempre além. O temor, o desejo, a esperança, jogam-nos sempre para o futuro, sonegando-nos o sentimento e o exame do que é, para distrair-nos com o que será, embora então já não sejamos mais."

(Michel de Eyquem, o Marquês de Montaigne - Volume I dos seus "Ensaios" - Escrito por volta de 1574).

19 de maio de 2009

O ÓPIO É A RELIGIÃO DO POVO (LELÊ TELES)

O crack é a nossa mais preocupante epidemia. E é uma droga apocalíptica que desencadeia uma série de patologias que criam agudas necroses sociais, inclusive, a mais aguda delas, é a desintegração completa e irreversível das famílias, chegando ao cúmulo de pai matar filho, filho matar mãe, neto matar avô... do jeito que tá na Bíblia.
Há em alguns estados, como em Sergipe e em São Paulo, governos anunciando uma frente para eliminar o crack.
Quero ver quem será o craque que vai fazer tão idiossincrática firula. Vão tirar o crack e trocá-lo pelo quê?
Os caras continuam com a velha e batida lógica de agir contra o efeito e nunca contra causa.
Enquanto os filhos se divertem no shopping, vão ao cinema, se banham na piscina do condomínio e comem na praça de alimentação, os doutores, entre uma dose e outra de scotch, discutem como afastar as drogas das periferias. Mas nunca pensam em como afastar as periferias das drogas.
Veja você. O que ninguém imagina é que os filhos dos que não podem ir ao shopping e patinar numa pista de gelo, que não tem montanha russa e bungee jumping pra descarregar adrenalina - que tem apenas uma poça de lama ou de esgoto a céu aberto como piscina, usam o crack como um lenitivo.
O que os tomadores de scotch não podem esquecer é que até mesmo eles que tem acesso a cargos públicos, e das benesses que vem junto, precisam se drogar com suas doses de scotch ao final do expediente.
O estado se faz presente nas periferias edificando hospitais e delegacias. O diabo é que a maioria das enfermidades são conseqüências dos esgotos a céu aberto, da poeira, da falta de asfalto, da lama, do lixo amontoado de qualquer jeito, da falta de higiene; em uma palavra, da falta de políticas públicas de saúde preventiva. Mas é mais fácil construir um hospital.
Os presos são, na sua esmagadora maioria, gente sem estudo, sem emprego, sem pai ou sem a mãe, sem esperança no futuro, sem apoio de ninguém e sem acesso à droga da felicidade. Mas, é mais fácil construir presídios do que construir políticas culturais, de esporte e lazer.
Os doutores tomadores de scotch se esquecem que quando um jovem senta num beco imundo e traga um cigarro de crack ele, por alguns segundos, passeia em um lindo Shopping Center, desliza na neve, mergulha em uma montanha russa e mata a fome de tudo o que lhe falta. Ali, no beco fétido, o jovem sem amor, sem profissão e sem emprego, sem dente e sem esperança, mitiga a sua dor. E como ele não tem emprego e nem dinheiro para saciar sua diversão, a sociedade é que paga a conta.

Fonte: http://www.noblat.com.br/
Comentário: Em Jaraguá do Sul (SC) a situação não é diferente. No Centro da cidade, seja junto ao terminal rodoviário, atrás da Milium, atrás da Praça Ângelo Piazera ou mesmo em bairros como o Ana Paula, por exemplo, o tráfico de crack é praticado dia e noite.
O consumo do crack cresce vertiginosamente e está desgraçando o convívio social, gerando violência nunca antes vista e arruinando famílias inteiras (a família adoece quando tem um membro viciado em crack).
Não há vagas no Presídio para esses micro-traficantes que muitas vezes transportam as pedras dentro da boca, pois atualmente temos 291 presos para 76 vagas. O que fazer? Prender e soltar? Ir "administrando" a situação?
A verdade é que o Estado não dá mais conta e não possui recursos suficientes para uma repressão adequada a esse tipo de conduta. Presídio ou Penitenciária são obras que não geram votos e, por essa razão falta interesse político. Faltam também policiais e os que aí estão são mal pagos. Enfim, trata-se de luta inglória para uma sociedade desamparada.

DISCURSO DE OBAMA SOBRE POLÍTICA DE ESTADO E RELIGIÃO

13 de maio de 2009

JOGO DOS ERROS - HOMENAGEM FEITA POR UNIVERSIDADE


Fonte: Espaço Vital

TRÂNSITO NÃO INTUITIVO

A gerência de trânsito do município deveria aprender com os desenvolvedores de software e criar um trânsito intuitivo. Sim, uma sinalização que facilitasse o fluxo do trânsito por impulso, intuição e bom senso dos condutores.

O que ocorre hoje é um trânsito que necessita de excessiva observação, pois as placas e sinais indicativos mudam a todo instante, sem qualquer lógica.

Isso sem falar no pedestre, que não tem sinal indicativo para atravessar a rua em diversos semáforos. Somente resta contar com a observação e sorte.

A segurança no trânsito decorre da atenção e prudência dos condutores, mas certamente também se deve a uma boa sinalização.

IMPOSTO SOBRE A POUPANÇA SERÁ COBRADO A PARTIR DE 2010

O governo federal decidiu pela cobrança de IR (Imposto de Renda) nas aplicações em caderneta de poupança, a partir do ano que vem. O Ministério da Fazenda debatia ontem à noite tributar as contas com depósitos acima de R$ 50 mil, mas deve apresentar outros dois valores ao presidente Lula.

Lula optou pela cobrança de IR nas cadernetas, o mais popular instrumento de investimento do país, apesar de sua equipe ser favorável a uma mudança definitiva nas regras da poupança - os técnicos preferiam acabar de uma vez com os juros tabelados em 6% anuais.

Se prevalecer o limite de R$ 50 mil, 99% dos aplicadores estariam isentos de tributação. Mas o governo conseguiria recolher IR sobre quase 40% dos R$ 270,7 bilhões depositados na poupança.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo.

12 de maio de 2009

OLHA O CARTÃO DE VISITA QUE EU RECEBI


PORTO ALEGRE PERMITE O DEPÓSITO DE ANIMAIS MORTOS EM PRAÇA PÚBLICA

Vi no http://www.espacovital.com.br/, que o Órgão Especial do TJRS julgou prejudicado o exame de mérito em ação que tivera liminar concedida, em agosto passado, pelo desembargador Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, que suspendera liminarmente a aplicação da Lei nº 591/08, do Município de Porto Alegre.

A norma estabelecia "constituir ato lesivo à limpeza urbana depositar em passeios, vias ou logradouros públicos, riachos, canais, arroios, córregos, lagos, lagoas e rios ou em suas margens animais mortos ou partes dele”. O dispositivo questionado foi inserido no art. 43 do Código Municipal de Limpeza Urbana – Lei Complementar nº 234/90 - e previa multa de 50 a 150 UFMs (atualmente, cada UFM equivale a R$ 2,36).

A ação direta de inconstitucionalidade foi proposta por quatro entidades: Congregação em Defesa das Religiões Afro-Brasileiras, Comunidade Terreira Ile Axé Yemanjá Omi Olodo e C.E.U. Cacique Tupinambá, e Africanamente - Centro de Pesquisa, Resgate e Preservação de Tradições Afrodescendentes.

Ao deferir a liminar, em agosto do ano passado, o relator afirmou que “mesmo que não tenha sido a intenção do legislador municipal, o dispositivo legal em questão afronta o princípio constitucional da liberdade de culto, pois obstaculiza a livre prática de cultos religiosos que eventualmente envolvem sacrifícios com animais”.

Na ocasião, o julgador considerou que “o princípio da liberdade de culto religioso é assegurada, entre os direitos e garantias individuais, pelo art. 5º, inciso VI, da Constituição Federal, havendo também vedação expressa pelo art. 19, inciso I, igualmente da Constituição Federal, de qualquer embaraço às atividades de cultos religiosos ou igrejas”.

Sanseverino destacou, naquela oportunidade, que a própria Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, em seu art. 148, estabelece que “o Município não embaraçará o funcionamento de cultos, igrejas e o exercício do direito de manifestação cultural coletiva".

Durante o curso do processo, houve a aprovação de projeto de lei complementar pela Câmara de Vereadores, desclassificando como ato lesivo ao Código Municipal de Limpeza Urbana a deposição em locais públicos de animais mortos utilizados em cultos afro-brasileiros. Houve a sanção pelo prefeito José Fogaça, transformando-se na Lei Complementar nº 602/2008, que passou a excetuar a punição quando se tratar da "deposição de animais mortos, ou partes deles, utilizados em cultos e liturgias de religiões de matriz africana e da umbanda".

OPINIÃO PESSOAL:

Por mais respeito que eu tenha pelas liberdades e garantias individuais, continuo sustentando a idéia de que cultos primitivos que envolvam o sacrifício e exposição de animais mortos devam ser revistos.

A proibição de se depositar animais ou partes de animais mortos, seja em logradouros públicos, margens de rios ou riachos, constitui norma sanitária de interesse público, que deve ser observada e respeitada para o fim de evitar a propagação de doenças, mau cheiro, etc.

Na antiguidade, as religiões pagãs também imolavam animais e o ritual de sacrifício ainda subsiste na atualidade, porém, revisto e substituído por elementos simbólicos que mantém vivo o credo e a tradição.

Além disso, a forma cruel de sacrifício dos animais é outro fator que deve ser observado em nome de uma ética preocupada com o bem-estar de todos os seres sencientes.

GÊNERO HUMANO: BOM OU MAU POR NATUREZA?

Mário Sérgio Cortella está certo quando diz que "não nascemos prontos".

Acredito que o ser humano não seja mau por natureza como pregavam Hobbes e Kant. Ora, se o egoísmo é mola propulsora de muitas de suas condutas é porque há, sobretudo, um instinto de autopreservação e não um sentimento negativo que possa ser qualificado como maldade (embora esta possa ser adquirida).

De outra senda, também não vejo que o homem seja bom por natureza como pregava Locke.

Basta que se analise uma criança de 3 ou 4 anos, por exemplo, desprovida de filtros sociais, sem cultura religiosa arraigada; ela é egocêntrica, ou seja, acredita que tudo lhe pertence e deseja ser o centro das atenções, mas nem por isso é boa ou má.

Vejo que o altruísmo exsurge da sensibilização do espírito humano pela cultura, seja ela religiosa ou mesmo representada por valores seculares, como a moral vigente em uma determinada sociedade.

Portanto, antes de nos enxergarmos com bons ou maus, temos que nos compreender como seres dotados de instintos (caracteres inatos) e cultura (caracteres adquiridos).

A importância dessa percepção revela-se no reconhecimento de se promover valores tidos como socialmente positivos através de uma educação adequada e pautada para a consecução das melhores finalidades.

SERÁ O FIM DO CRIME DE DESACATO?

Está na Comissão de Constituição e Justiça o projeto do deputado Edson Duarte (PV-BA) extinguindo o crime de “desacato” a funcionário público. O legislador sustenta que “o cidadão deve ter o direito de criticar o governo sem ser punido”.

11 de maio de 2009

SENADOR PEDRO SIMON

"Sou obrigado a reconhecer que,

com toda a corrupção que teve de um tempo para cá,

o que encontramos no governo Collor deveríamos

ter enviado para o juizado

de pequenas causas".

LUZ DOS OLHOS (RECEBI DA TAYSE)

10 de maio de 2009

O PÓS-MODERNISMO E A ELIMINAÇÃO DA INDIVIDUALIDADE

Esta semana em Jaraguá do Sul, a transnacional Mattel em parceria com a Fundação Cultural do município promoveu a exposição da Casa da Barbie, em homenagem aos 50 anos da boneca.

Ingênuo, critiquei o evento no blog www.poracaso.com, dizendo que isso não é cultura, mas ferramenta de indução ao consumo. Como resposta, li que a boneca já faz parte da cultura mundial, resultado de um processo de marketing denominado imersão, utilizado pelas grandes corporações industriais.

Certo, de fato a Barbie então integra a nossa cultura, assim como os tênis da Nike, a Coca-Cola, as lanchonetes MC Donald´s, os relógios Rolex, e os demais produtos que utilizamos em nossas vidas.

Estamos sendo uniformizados, padronizados na aparência, nos valores, nas atitudes, nos pensamentos e até mesmo no tempo livre, saturado de, digamos assim, “produtos culturais”.

É com isso que o industrialismo na pós-modernidade se preocupa: a hipermassificação, ou seja, a construção de mercados consumidores globais, criados pelo marketing que incentiva o consumidor a se tornar um servo voluntário.

Não é à toa que os slogans das grandes marcas são imperativos, tais como: “Beba Coca-Cola”, “Just Do It”, “Viva o Agora”, etc. O marketing é capaz sim de controlar as ações dos indivíduos, padronizar comportamentos e criar hordas gigantescas de ávidos consumidores que precisam cumprir com as normas ditadas pelas grandes marcas, que sabem criar necessidades e o tal desejo de consumir.

Matrix não é pura ficção. Se já não é mais possível se livrar dessa teia de intrincadas relações de consumo que nos cerca inconscientemente do café da manhã ao último minuto do dia, que ao menos despertemos e estejamos conscientes da realidade.

Agora chega, vou desligar o meu Toshiba, vestir o meu Nike, sair para dar uma caminhada e aliviar o pensamento; só não sei se os produtos são meus ou se eu sou dos produtos.

7 de maio de 2009

EX-SENADOR JORGE BORNHAUSEN UTILIZOU PASSAGENS AÉREAS MESMO DEPOIS DE DEIXAR A CASA

O ex-presidente do PFL (hoje DEM) Jorge Bornhausen utilizou a cota de passagens aéreas do Senado mesmo após ter deixado a Casa, em fevereiro de 2007. Registros de companhias aéreas revelam que o ex-senador usou o benefício para bancar 13 vôos entre novembro de 2007 e outubro de 2008. Além dele, voaram a mulher, o genro e um funcionário do casal.

Fonte: www.congressoemfoco.ig.com.br

5 de maio de 2009

NAZISMO - MOVIMENTO POLÍTICO OU ALGO MAIS?

Minutos antes de iniciar uma aula, lembro-me do recente duplo homicídio de um jovem casal de Curitiba (PR), após homenagem ao aniversário de Adolf Hitler. O jovem morto era conhecido como intelectual que defendia a bandeira neo-nazista e foi eliminado com sua namorada, por membros de uma facção extremista que discordava da sua forma de atuação.

Vejo que o Nazismo pode ter sido mais do que um movimento político. Há fortes elementos religiosos no sentido de "religar" a sociedade em torno de um objetivo comum relacionado com o sagrado.

A figura do inimigo (demônio) estava implícita no povo judeu (sionistas). A expressão "Terceiro Reich", segundo lembra o escritor John Gray, remete a profecia de Joaquim de Flora sobre uma Terceira Era, trazida à modernidade pelos Cristãos Anabatistas e popularizada na Alemanha por Moeller Van Den Bruck, em seu livro "Das Dritte Reich" (O Terceiro Reich, 1923).

Assim, se o Sacro Império Romano foi o primeiro Reich e o Império Alemão unificado sob o domínio dos Hohenzollern (1871-1918), o segundo, o terceiro seria o Estado Nazista.

A profecia de Hitler deriva, portanto, da especulação Joaquinista, mediada na Alemanha pela ala anabatista do Reformismo.

Como se vê, o NAcionalsoZialISMO (Nazismo) teve e continua tendo cunho político sob o ponto de vista eXotérico (externo), mas sua origem traz implícita (ou eSotérica) uma poderosa carga religiosa capaz de aglutinar multidões, ainda mais em época de crise e xenofobia (esta causada, sobretudo, pelo desemprego).

O problema reside no método e nas pregações extremistas, racistas e fundamentalistas de que se serve tal ideologia político-religiosa para atingir os objetivos que propõe.

E AS TORNEIRAS DE DINHEIRO PÚBLICO CONTINUAM ABERTAS E SEM CONTROLE

Em plena crise financeira, alguns gastos de instituições públicas chamam a atenção. Só este ano, a lista de compras é curiosa e variada. Há desde gastos com algemas de plástico, na Câmara, até lençol de mais de R$ 500 na Presidência da República, além de muito dinheiro para festividades no Senado. O levantamento foi feito pela ONG Contas Abertas, com base no Siafi, o Sistema de Acompanhamento Financeiro do governo.

As compras feitas são bastante diversificadas. O comando do Exército na Amazônia, por exemplo, gastou em março, mais de R$ 2 mil com 720 garrafas de cerveja.

Na Presidência da República, a preferência foi por bebida não alcoólica. Quase R$ 18 mil foram gastos com quase 13 mil latas de refrigerantes variados; R$ 5,5 mil com 15 lençóis; outros lençóis, hospitalares e descartáveis, custaram quase R$ 40 mil. Com curativos anti-sépticos, a Presidência gastou R$ 543.

A Presidência da República reservou R$ 11,8 mil para o café de Lula, convidados e assessores até o final do ano. O quilo do “Gourmet”, 100% arábica, custa R$ 14. Só dele são 520 pacotes.

O Supremo Tribunal Federal, em março, não economizou nas cadeiras: gastou mais de R$ 265 mil com modelos com encosto médio e alto e cadeiras giratórias.

Na Câmara, a preocupação foi com a segurança. Em fevereiro, foram compradas 1.200 algemas... de plástico! Neste ano ninguém foi preso no prédio. No Senado, chamam a atenção os gastos com comemorações. Em fevereiro, quando José Sarney assumiu a presidência da Casa, foi contratada uma banda por R$ 4 mil, e outros R$ 38 mil foram usados para pagar serviço de bufê.

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal empenharam parte de seu orçamento de abril para gastos inexplicáveis. A Câmara gastou R$ 8.000,00 na compra de 3,2 mil panos de prato. Já o Senado Federal despendeu R$ 319 mil na compra de equipamentos eletrônicos.

O Senado investiu também em equipamentos eletrônicos: foram R$ 319 mil na compra de 10 gravadores, dois teclados com joystick, um monitor LCD e dois switchs. O órgão também empenhou R$ 3 mil para a aquisição de cinco coroas de flores. É um festival!

Segundo a ONG Contas Abertas, em 2008, os R$ 430 mil gastos com celebrações no Senado foram semelhantes aos investimentos do Ministério da Educação com projetos do programa qualidade na escola que recebeu R$ 426 mil para programas relacionados ao ensino médio. No geral, o ano passado, a União gastou com festas e homenagens R$ 22 milhões. Por lei, são dispensadas de licitação as compras e contratos com valor inferior a R$ 8 mil.

Fonte: Espaço Vital

3 de maio de 2009

CÂNTICO NEGRO (JOSÉ REGIO) - INTERPRETADO POR MARIA BETHÂNIA

MANTO DE INVISIBILIDADE


O que antes era história de desenho animado agora começa a ser reproduzido em laboratório.

Cientistas americanos conseguiram criar uma nova versão de uma espécie de "capa de invisibilidade", que torna objetos tridimensionais invisíveis sob luz infra-vermelha.

O manto criado pela equipe, do formato de um lenço com vários buracos, foi capaz de cobrir um objeto dando a impressão visual de que não estaria cobrindo objeto algum.

Segundo os cientistas, o "manto de invisibilidade" cancela a distorção produzida pelo volume do objeto que é escondido debaixo dela ao "curvar" a luz em volta deste volume, como água em volta de uma pedra, e, com isso, criar a ilusão de uma superfície lisa.

Os cientistas afirmam que conseguiram um avanço importante em relação a estudos anteriores pelo fato de não terem usado metais no manto.

Essa versão inicial do manto tem dimensões ínfimas, mas ainda assim terá largo uso na indústria eletrônica.

UM AGLOMERADO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

Dia desses vi num documentário que o homem é um aglomerado de substâncias químicas destinado a passar em média 3,6 anos de sua vida comendo, seis meses no banheiro, duas semanas beijando e que praticará atividade sexual por 2.580 vezes.

Trata-se de um resultado científico, uma análise de dados com um produto bastante determinado e específico. Inquestionável diriam alguns, mas não será reducionismo? Reducionismo, .

O homem é mesmo apenas um ser rastejante que passa determinada medida de tempo lutando contra a gravidade, buscando prazer e evitando dor até o fim de sua suposta existência?

A resposta é sim e também não, afinal não parece sadio sustentar verdades absolutas.

Será indubitavelmente positiva se o homem for compreendido em sua totalidade pela massa corpórea que o representa aos nossos cinco limitados sentidos, mas poderá vir a ser negativa se for relativizado o dogma do conhecimento científico teórico.

Então vamos falar de fé? Sim e não, volto a dizer.

Poderemos falar restritivamente de fé sim, mas também utilizar a filosofia clássica e inclusive a contemporânea, mais precisamente na figura de Michel Focault, para compreender que o homem não precisa necessariamente ser visto como um mero aglomerado de substâncias químicas.

Para Focault, a verdade não pode ser transmitida ao sujeito como simples ato de conhecimento, aquele pronto, acabado, empacotado e entregue para degustação. Pelo contrário, o conhecimento que pode conduzir a alguma verdade precisa ser buscado, vivenciado, lapidado e interpretado. É o chamado antifundacionalismo.

Pode ser que o próprio sujeito precise inclusive se transfigurar, sofrer as necessárias modificações para que consiga ver luz suficiente e enxergar alguma verdade.

Essa é a espiritualidade apontada por Focault, uma postura filosófica a respeito da vida em conformidade com os preceitos da antiga escola do conhecimento, que valoriza, sobretudo, o sujeito como buscador, lapidador, intérprete e responsável pela verdade que enxerga.

Nessa linha, cabe a cada um descobrir, por esforço e vivência pessoal, se o homem é apenas um aglomerado de substâncias químicas ou se essa verdade transmitida pelo atual estágio da ciência pode ser contestada.