1 de agosto de 2013

SONETO XXII

O espelho não me prova que envelheço
Enquanto andares par com a mocidade;
Mas se de rugas vir teu rosto impresso,
Já sei que a Morte a minha vida invade.
 
Pois toda essa beleza que te veste
Vem do meu coração, que é teu espelho;
O meu vive em teu peito, e o teu me deste:
Por isso como posso ser mais velho?


William Shakespeare
Tradução de Ivo Barroso