7 de março de 2011

CARNAVAL? FESTA DE QUEM?



O comentário acima casa bem com o artigo do Carlos Heitor Cony publicado na Folha de São Paulo de ontem e que reproduzo parcialmente abaixo.

Fernando Pamplona tinha razão ao pedir uma cota de negros não para as universidades, mas para as escolas de samba do Rio de Janeiro. Nos últimos carnavais, mais da metade dos integrantes eram brancos, alguns deles bronzeados pelo sol deste verão acachapante, outros artificialmente, como a maioria dos destaques.

Pouco a pouco, a fixação do Carnaval num único eixo (o desfile em si), transformou a festa popular, que nasceu espontânea e livre, num episódio da mídia, sujeito às leis do mercado, aos patrocínios. Neste particular, igualando-se às campanhas eleitorais e ao lobby dos produtores de shows, peças e filmes para promover seus espetáculos.

Ano passado, encontrei um carnavalesco e perguntei sobre seu trabalho, o que estava bolando para o desfile de 2011. Ele tinha mil ideias (carnavalescos são pródigos em ideias), mas não se fixara em nenhuma porque nada combinara com os patrocinadores.

Obs. Vi o comentário em vídeo no http://www.poracaso.com/

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