1 de fevereiro de 2009

TRÁFICO SEXUAL - UM NEGÓCIO DE US$ 35,7 BILHÕES POR ANO

Parece incrível, mas a escravidão, essa mazela que há milênios acompanha a humanidade, ainda constitui um negócio lucrativo, mesmo em países ditos de "primeiro mundo" como EUA e Itália.

Estima-se que haja atualmente 29 milhões de escravos no mundo. Desses, 1,3 milhão são escravos sexuais. O lucro total gerado por todas as formas de escravidão em 2007 foi de US$ 91,2 bilhões. O lucro da escravidão sexual gerou US$ 35,7 bilhões, quase 40% do total.

Na Índia a penalidade pecuniária por manter bordel é de US$ 44, enquanto que o lucro anual por escravo sexual é de US$ 12.900, ou seja, um excelente negócio já que o Estado não reprime adequadamente o crime.

Mesmo em países que têm duras punições econômicas contra esses crimes, como EUA e Holanda, o nível de investigação, processo e condenação é próximo de zero, o que contrasta com os enormes lucros de dezenhas de milhares de dólares que cada escravo sexual gera por ano.

É preciso inverter essa situação, para uma resposta abolicionista global, com intervenção, recursos e proteção aos escravos.

Uma comparação entre 12 países revela que a escrava brasileira lidera no preço de venda e na hora cobrada no mercado italiano.

A mulher brasileira é vendida em média por 5.000 euros e seu "ato sexual comercial" custa em torno de 40 euros, em seguida vem a Rússia com preço médio de 3.500 euros pela escrava e 30 euros pelo ato sexual e, em terceiro lugar a Romênia com média de preço de 2.000 euros pela escrava e 20 euros pelo ato sexual.

Na escravidão em geral, o Brasil é um dos países mais lucrativos para o crime: os escravos que trabalham em carvoarias são a terceira categoria mais lucrativa no mundo, só atrás dos que são explorados sexualmente e dos que são usados para o tráfico de órgãos. Os lucros da escravidão nas carvoarias do país são de US$ 7.500 por ano, por escravo.

(Fonte: Jornal Folha de São Paulo de 1º.02.2008)

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