8 de julho de 2008

O EPÍLOGO DE ELOGIO DA LOUCURA

Erasmo de Rotterdan deixou para história o clássico Elogio da Loucura, lido e relido por todo o globo terrestre. Numa releitura, reparei na criatividade do epílogo:

Vós estais aguardando um epílogo daquilo que eu vos falei até agora? Estou lendo isso em vossas fisionomias. Vós, porém, sois verdadeiramente estúpidos se pensais que eu tenha podido conservar na memória toda essa mixórdia de palavras que vos inculquei. Em vez de um epílogo, desejo ofertar-vos duas sentenças. A primeira, muito antiga, é esta: "Eu nunca desejaria beber com um homem que de tudo se recordasse". E a segunda, nova, é a que segue: "Odeio o ouvinte de memória fiel em demasia".

E, por isso, sede sadios, aplaudi, vivei, bebei, ó muito célebres iniciados nos mistérios da loucura.

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