27 de julho de 2008

GÊNESIS - UMA VISÃO ANTITRIBUTARISTA

Uma interpretação moderna do Gênesis, propõe que os povos de Judá e Israel, levados à força para a Babilônia, escreveram o texto como forma de protesto antitributarista, pois estes teriam sido obrigados a pagar tributos ao Rei da Babilônia.

Assim, os capítulos 2 e 3 do Gênesis mostram o que acontece quando um camponês perde aquilo que é mais primordial para sua sobrevivência: a horta. O sentido da palavra Jardim em hebraico (em Jardim do Éden), seria na verdade "horta" segundo essa interpretação.

Lendo essa matéria (veiculada na Revista Super Interessante), lembrei-me do pensamento de Rubem Alves, que num título de livro recente disse que "ostra feliz não faz pérola". Os camponeses tristes, levados de sua terra natal, teriam produzido nesse ânimo, a obra poética do Gênesis, por muitos até hoje interpretada em sua literalidade (com direito a maçã e tudo...).

Vale a referência a trechos do texto, como a de que Adão, ao ser expulso do Éden, comerá "o pão com o suor do rosto" e Eva sentirá aumentar "as dores do parto" porque, em vez de ter filhos de 7 em 7 anos, como era o hábito, terá de engravidar mais vezes para o casal ter mais filhos e mão-de-obra. Trabalhando para os babilônios, eles precisavam produzir mais para pagar os impostos.

(Fonte de pesquisa: Revista Super Interessante: Os maiores Mistérios dos Livros Sagrados. Julho/2008).

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