30 de setembro de 2008
A EXPRESSÃO LÚDICA DE RUBEM ALVES
Durante as duas últimas semanas tenho começado os meus dias cometendo um furto. Não sei como evitar esse pecado e, para dizer a verdade, não quero evitá-lo. A culpa é de uma amoreira que, desobedecendo às ordens do muro que a cerca, lançou seus galhos sobre a calçada. Não satisfeita, encheu-os de gordas amoras pretas, apetitosas, tentadoras, ao alcance de minha mão. Parece que os frutos são, por vocação, convite a furtos: basta mudar a odem de uma única letra...Penso que o caso da amoreira comprova essa tese lingüística: tudo tem a ver com o nome. Pois amora é palavra que, se repetida muitas vezes, amoramoramoramoramora, vira amor. Pois não é isso que é o amor? Um desejo de comer, um desejo de ser comido... O muro, tal como o mandamento, diz é proibido. Mas o amor não se contém e, travestido de amora, salta por cima da proibição. Foi assim no paraíso...
(Trecho de "Andar de manhã" - Crônica de Rubem Alves)
(Trecho de "Andar de manhã" - Crônica de Rubem Alves)
29 de setembro de 2008
OBITUÁRIOS
Gosto de ler obituários, pois eles não falam de morte, mas sim de vidas, vidas como as nossas, que passam como o vento e devem ser apreciadas a cada dia.
Segue um bonito obituário publicado em 27 de setembro de 2008 no Jornal Gazeta do Povo de Curitiba.
BRUNO JACOB OLIVO
De família de italianos, Bruno era um ótimo cozinheiro e um apreciador de vinhos, conforme conta a cunhada Sandra. Nasceu em uma pequena cidade, em Santa Catarina, chamada Capinzal, formada por imigrantes. Ainda muito jovem, trabalhou com continuo no Banco Inco, que mais tarde foi adquirido pelo Bradesco, chegando a ser gerente de uma agência em Curitiba. Após a aposentadoria aos 60 anos, transformou-se em um homem nostálgico, conta Sandra. Gostava de contar para quem quisesse ouvir as histórias de seu passado. Em casa, promovia reunião de amigos e familiares seguidamente, porque adorava a casa cheia. O prato preferido dos netos era o macarrão que o avô fazia - preparava em casa a massa e o molho. Também gostava de ler e ver filmes de faroeste. Ele contava que ao ver as cenas de filmes italianos antigos, lembrava-se de sua cidade natal. Deixa a viúva Maria Carmem, quatro filhos e seis netos.
Segue um bonito obituário publicado em 27 de setembro de 2008 no Jornal Gazeta do Povo de Curitiba.
BRUNO JACOB OLIVO
De família de italianos, Bruno era um ótimo cozinheiro e um apreciador de vinhos, conforme conta a cunhada Sandra. Nasceu em uma pequena cidade, em Santa Catarina, chamada Capinzal, formada por imigrantes. Ainda muito jovem, trabalhou com continuo no Banco Inco, que mais tarde foi adquirido pelo Bradesco, chegando a ser gerente de uma agência em Curitiba. Após a aposentadoria aos 60 anos, transformou-se em um homem nostálgico, conta Sandra. Gostava de contar para quem quisesse ouvir as histórias de seu passado. Em casa, promovia reunião de amigos e familiares seguidamente, porque adorava a casa cheia. O prato preferido dos netos era o macarrão que o avô fazia - preparava em casa a massa e o molho. Também gostava de ler e ver filmes de faroeste. Ele contava que ao ver as cenas de filmes italianos antigos, lembrava-se de sua cidade natal. Deixa a viúva Maria Carmem, quatro filhos e seis netos.
AN JARAGUÁ DE 27 DE SETEMBRO DE 2008
O secretário municipal de Urbanismo, Alberto João Marcatto, disse que será avaliada a sinalização da lombada instalada na rua Pastor Albert Schneider, no bairro Barra do Rio do Cerro, em Jaraguá do Sul. No local, a motociclista Andréia Pereira, 27 anos, perdeu o controle da CG 125 e bateu em um muro.
Ela teve traumatismo craniano e morreu quinta-feira no Hospital São José.Ele acredita que foram seguidos todos os procedimentos. "O que não conseguimos concluir foi a pintura sobre a lombada por causa da chuva", afirmou.O redutor de velocidade foi instalado em frente ao Colégio Professora Gertrudes Steilein Milbratz havia sido instalado horas antes da queda de Andréia.
A lombada era uma antigo pedido da Associação de Moradores da Barra do Rio Cerro.Funcionários da escola dizem que o acidente foi provocado pela lombada instalada na manhã de quinta-feira. Andréia estava voltando do trabalho por volta das 13 horas. No local, havia uma placa indicando o redutor, mas ele não está pintado. Depois da queda da motociclista, a Prefeitura reforçou a sinalização ontem.Mulheres que trabalham perto do local contaram que minutos antes da queda de Andréia, um motociclista caiu no mesmo lugar e quebrou o braço.
"Quem passa todo o dia aqui e não esperava encontrar a lombada se perdeu", disse uma funcionária.Andréia é a 20ª pessoa que morreu no trânsito em Jaraguá do Sul neste ano. No ano passado, foram 21 mortes. A motociclista foi enterrada ontem à tarde no Cemitério da Vila Lenzi.
COMENTÁRIO: É o tipo de coisa que pode acontecer durante as eleições. No afã de captar votos, as obras são entregues rapidamente para o atendimento de pedidos dos eleitores, muitas vezes incompletas e sem as cautelas devidas.
Ela teve traumatismo craniano e morreu quinta-feira no Hospital São José.Ele acredita que foram seguidos todos os procedimentos. "O que não conseguimos concluir foi a pintura sobre a lombada por causa da chuva", afirmou.O redutor de velocidade foi instalado em frente ao Colégio Professora Gertrudes Steilein Milbratz havia sido instalado horas antes da queda de Andréia.
A lombada era uma antigo pedido da Associação de Moradores da Barra do Rio Cerro.Funcionários da escola dizem que o acidente foi provocado pela lombada instalada na manhã de quinta-feira. Andréia estava voltando do trabalho por volta das 13 horas. No local, havia uma placa indicando o redutor, mas ele não está pintado. Depois da queda da motociclista, a Prefeitura reforçou a sinalização ontem.Mulheres que trabalham perto do local contaram que minutos antes da queda de Andréia, um motociclista caiu no mesmo lugar e quebrou o braço.
"Quem passa todo o dia aqui e não esperava encontrar a lombada se perdeu", disse uma funcionária.Andréia é a 20ª pessoa que morreu no trânsito em Jaraguá do Sul neste ano. No ano passado, foram 21 mortes. A motociclista foi enterrada ontem à tarde no Cemitério da Vila Lenzi.
COMENTÁRIO: É o tipo de coisa que pode acontecer durante as eleições. No afã de captar votos, as obras são entregues rapidamente para o atendimento de pedidos dos eleitores, muitas vezes incompletas e sem as cautelas devidas.
25 de setembro de 2008
24 de setembro de 2008
IDEOLOGIAS E CONVICÇÕES (LUIZ GUSTAVO THOMSEN)
Segue abaixo artigo inspirador enviado pelo acadêmico de Direito da Unerj, Luiz Gustavo Thomsen.
Quando somos jovens temos aquela visão sonhadora, de que com tudo que sabemos e que podemos, ou melhor, com o que achamos que sabemos e podemos, iremos fazer a diferença e de que as soluções para tantas sacanagens e injustiças estão em nossas mãos.
Aí nos damos conta, em razão do caminhar da vida, de que devemos seguir uma carreira profissional, esta que terá como critério de escolha, nossas características mais evidentes, tais como, nossas ideologias e convicções.
Durante esta jornada profissional, um dia, acabaremos por nos deparar com as injustiças, e elas teremos que engolir, bem como as sacanagens que teremos que fingir que não as vemos.
Neste momento da vida, pensaremos que tanto faz como fez, que a vida é desse jeito mesmo, repleta de peripécias, e é ai que fechamos os olhos para o que não queremos ver e ignoramos, para que a consciência não se sinta responsável.
Muitas pessoas atualmente vivem desta forma, conformam-se com as coisas da maneira como elas são. Raros, são aqueles que lutam pelos seus ideais, que diante de um mundo injustiçado, sombrio, colocam-se a frente daqueles que não conseguem levantar e lutar.
Aquele que quer ser diferente deve lutar pelo que acredita, ser ousado, independente de que isto para muitos, seja apenas uma bobagem ou perda de tempo.
Ninguém vencerá, aceitando de imediato o que lhe é imposto, deve-se opinar, discutir, avaliar as situações que se encontram a frente.
Não podemos de forma alguma abandonar nossas ideologias e convicções, pois a vida algum dia irá colocá-las a prova.
O que deixaremos para as futuras gerações se apenas nos conformarmos com os acontecimentos e não lutarmos por aquilo que acreditamos?
Qual será a visão que nossos filhos terão sobre o mundo?
Não podemos viver sem ideologias e convicções, portanto coloque-as em pauta, e não fique soterrando-as de incertezas por medo de arriscar.
Se você cair, veja pelo lado positivo, você saberá o peso do fracasso e terá mais motivos para levantar e tentar mais uma vez, e é isso que lhe dará forças para não desistir.
Por fim, não podemos esquecer que nada neste mundo é absolutamente bom ou ruim e que independente do que iremos defender, teremos que pagar por nossas escolhas.
Quando somos jovens temos aquela visão sonhadora, de que com tudo que sabemos e que podemos, ou melhor, com o que achamos que sabemos e podemos, iremos fazer a diferença e de que as soluções para tantas sacanagens e injustiças estão em nossas mãos.
Aí nos damos conta, em razão do caminhar da vida, de que devemos seguir uma carreira profissional, esta que terá como critério de escolha, nossas características mais evidentes, tais como, nossas ideologias e convicções.
Durante esta jornada profissional, um dia, acabaremos por nos deparar com as injustiças, e elas teremos que engolir, bem como as sacanagens que teremos que fingir que não as vemos.
Neste momento da vida, pensaremos que tanto faz como fez, que a vida é desse jeito mesmo, repleta de peripécias, e é ai que fechamos os olhos para o que não queremos ver e ignoramos, para que a consciência não se sinta responsável.
Muitas pessoas atualmente vivem desta forma, conformam-se com as coisas da maneira como elas são. Raros, são aqueles que lutam pelos seus ideais, que diante de um mundo injustiçado, sombrio, colocam-se a frente daqueles que não conseguem levantar e lutar.
Aquele que quer ser diferente deve lutar pelo que acredita, ser ousado, independente de que isto para muitos, seja apenas uma bobagem ou perda de tempo.
Ninguém vencerá, aceitando de imediato o que lhe é imposto, deve-se opinar, discutir, avaliar as situações que se encontram a frente.
Não podemos de forma alguma abandonar nossas ideologias e convicções, pois a vida algum dia irá colocá-las a prova.
O que deixaremos para as futuras gerações se apenas nos conformarmos com os acontecimentos e não lutarmos por aquilo que acreditamos?
Qual será a visão que nossos filhos terão sobre o mundo?
Não podemos viver sem ideologias e convicções, portanto coloque-as em pauta, e não fique soterrando-as de incertezas por medo de arriscar.
Se você cair, veja pelo lado positivo, você saberá o peso do fracasso e terá mais motivos para levantar e tentar mais uma vez, e é isso que lhe dará forças para não desistir.
Por fim, não podemos esquecer que nada neste mundo é absolutamente bom ou ruim e que independente do que iremos defender, teremos que pagar por nossas escolhas.
NOTA SOBRE A ESCOLHA DO NOVO PROCURADOR-GERAL
Os procuradores Carlos Humberto Prola Júnior, Cibelly Farias e Diogo Roberto Ringenberg distribuíram nota à imprensa, denunciando a forma peculiar de escolha do novo Procurador-Geral do Ministério Público em Santa Catarina.
Segue trecho da nota em que relatam a existência de um só nome na lista tríplice:
“No Diário Oficial do Estado de 12 de setembro, que circulou após a reunião de 15 de setembro, o Procurador-Geral fez publicar Portaria estabelecendo o referido critério de votação uninominal. Esta norma, contudo, não tem validade, pois a matéria é típica de regimento interno, e este somente pode ser alterado com deliberação qualificada do Conselho de Procuradores, o que jamais ocorreu.
O Procurador-Geral, entretanto, deu andamento ao ilegítimo procedimento e, ao arrepio do regimento interno, das leis e da Constituição Federal, encaminhou ao Governo do Estado, na mesma tarde, logo após aquela reunião, uma pretensa lista “tríplice”, formada por um único nome: o do então Procurador Adjunto, Dr. Mauro Pedrozo, cujo ato de nomeação, pelo Chefe do Executivo estadual, foi publicado no Diário Oficial do Estado que circulou após o dia 16 de setembro.
Certamente com o intuito de dar a essa nomeação ares de “fato consumado”, o Sr. Márcio Rosa, cujo mandato encerrar-se-ia somente no dia 19 de outubro, renunciou, com mais de um mês de antecedência, tomando posse, na tarde do dia 16 de setembro (antes da efetiva circulação do Diário Oficial do Estado com o ato de nomeação), o Sr. Mauro Pedrozo, que, obviamente, nomeou aquele como Procurador Adjunto."
Essa eu vi lá no Blog De Olho na Capital.
Segue trecho da nota em que relatam a existência de um só nome na lista tríplice:
“No Diário Oficial do Estado de 12 de setembro, que circulou após a reunião de 15 de setembro, o Procurador-Geral fez publicar Portaria estabelecendo o referido critério de votação uninominal. Esta norma, contudo, não tem validade, pois a matéria é típica de regimento interno, e este somente pode ser alterado com deliberação qualificada do Conselho de Procuradores, o que jamais ocorreu.
O Procurador-Geral, entretanto, deu andamento ao ilegítimo procedimento e, ao arrepio do regimento interno, das leis e da Constituição Federal, encaminhou ao Governo do Estado, na mesma tarde, logo após aquela reunião, uma pretensa lista “tríplice”, formada por um único nome: o do então Procurador Adjunto, Dr. Mauro Pedrozo, cujo ato de nomeação, pelo Chefe do Executivo estadual, foi publicado no Diário Oficial do Estado que circulou após o dia 16 de setembro.
Certamente com o intuito de dar a essa nomeação ares de “fato consumado”, o Sr. Márcio Rosa, cujo mandato encerrar-se-ia somente no dia 19 de outubro, renunciou, com mais de um mês de antecedência, tomando posse, na tarde do dia 16 de setembro (antes da efetiva circulação do Diário Oficial do Estado com o ato de nomeação), o Sr. Mauro Pedrozo, que, obviamente, nomeou aquele como Procurador Adjunto."
Essa eu vi lá no Blog De Olho na Capital.
23 de setembro de 2008
O TEMPO PASSA...A REALIDADE MUDA
Segue abaixo trecho de discurso da primeira juíza do Brasil, nomeada em 1954, após passar em concurso público e ter-lhe sido dito pelo Presidente da casa que faria um “teste” ao passar uma mulher.
“Na trabalhosa e delicada missão de julgar reinam retidão e operosidade, independência e coragem, inclusive para, no século da demagogia, sobrepor-se à desmedida pressão popular, sem esquecer jamais, como bem lembrou Ásua, que bondade e justiça têm áreas diferentes, mas a justiça repassada de bondade é sempre mais justa...”
(Discurso de Thereza Grisólia Tang, no dia em que se aposentou como desembargadora, por idade-limite, aos 70 anos, em 1992, no TJSC).
Hoje as mulheres são maioria em vários setores do serviço público e não há mais necessidade de se fazer "experiência" pra ver se vai dar certo.
“Na trabalhosa e delicada missão de julgar reinam retidão e operosidade, independência e coragem, inclusive para, no século da demagogia, sobrepor-se à desmedida pressão popular, sem esquecer jamais, como bem lembrou Ásua, que bondade e justiça têm áreas diferentes, mas a justiça repassada de bondade é sempre mais justa...”
(Discurso de Thereza Grisólia Tang, no dia em que se aposentou como desembargadora, por idade-limite, aos 70 anos, em 1992, no TJSC).
Hoje as mulheres são maioria em vários setores do serviço público e não há mais necessidade de se fazer "experiência" pra ver se vai dar certo.
22 de setembro de 2008
A PRISÃO DO DOGMATISMO
No dia 17 de setembro li a seguinte notícia:
"O Vaticano informou ontem que a Teoria da Evolução é compatível com o que está escrito na Bíblia, mas não planeja um pedido de desculpas póstumo a Charles Darwin (1809-1892) pela fria recepção dada a ele há 150 anos. Igrejas cristãs costumam ser hostis a Darwin por conta dos conflitos entre sua teoria e a acepção bíblica da criação. A Bíblia defende que Deus teria criado o mundo em seis dias." (Jorna A Notícia de 17.09.2008. Seção A. Página 19).
Depois de alguns séculos a história se repete e, sem mais saídas, a Igreja Católica Apostólica Romana, vê-se obrigada a reconhecer que estava errada, antes com o embate Geocentrismo X Heliocentrismo (Galileu Galilei) e agora com a controvérsia Criacionismo X Evolucionismo (Charles Darwin).
O grande problema de se desprender dos dogmas com tanta lentidão, refere-se, sobretudo, a determinados valores que estão sendo inobservados e violados, mesmo que por vias transversas.
Enquanto a autoridade papal permanece irredutível em relação à proibição do uso de preservativos, a AIDS continua a se propagar, principalmente pelo continente africano, fazendo milhões e milhões de vítimas sem discriminação, de bebês a idosos.
E o supremo dom/valor da vida, como fica?
"O Vaticano informou ontem que a Teoria da Evolução é compatível com o que está escrito na Bíblia, mas não planeja um pedido de desculpas póstumo a Charles Darwin (1809-1892) pela fria recepção dada a ele há 150 anos. Igrejas cristãs costumam ser hostis a Darwin por conta dos conflitos entre sua teoria e a acepção bíblica da criação. A Bíblia defende que Deus teria criado o mundo em seis dias." (Jorna A Notícia de 17.09.2008. Seção A. Página 19).
Depois de alguns séculos a história se repete e, sem mais saídas, a Igreja Católica Apostólica Romana, vê-se obrigada a reconhecer que estava errada, antes com o embate Geocentrismo X Heliocentrismo (Galileu Galilei) e agora com a controvérsia Criacionismo X Evolucionismo (Charles Darwin).
O grande problema de se desprender dos dogmas com tanta lentidão, refere-se, sobretudo, a determinados valores que estão sendo inobservados e violados, mesmo que por vias transversas.
Enquanto a autoridade papal permanece irredutível em relação à proibição do uso de preservativos, a AIDS continua a se propagar, principalmente pelo continente africano, fazendo milhões e milhões de vítimas sem discriminação, de bebês a idosos.
E o supremo dom/valor da vida, como fica?
19 de setembro de 2008
DEFICIÊNCIA OU EFICIÊNCIA (JOSÉ LUIS FINGER)
Segue abaixo artigo enviado pelo acadêmico de Direito José Luis Finger.
Com o encerramento dos jogos para-olímpicos, vejamos,... Quem é deficiente?O ser humano que não tem um ou mais membros? O que possui a falta de capacidade auditiva ou visual? O que sofreu uma paralisia parcial? Aquele que calça suas próteses de fibra para sagrar-se campeão numa pista de atletismo, arrancando sorrisos, lágrimas e aplausos? Homens e mulheres que realizam provas inimagináveis para nós, considerados pessoas fisicamente normais.
Quem é deficiente? Não seriam talvez, aqueles que, abraçados muito cedo pela sorte, ainda na infância, acabam contratados por poderosos clubes, treinados, lapidados, pelos melhores profissionais da área, com todo apoio e infra-estrutura necessária para gerarem os esperados frutos financeiros e muitas vezes, quando chegada a hora H, mesmo com total aptidão, após anos e anos de treinamento, acabam por não render o suficiente, apresentando uma deficiência naquele momento profissional?
Quando criaram as olimpíadas para os que chamamos de deficientes, não tinham consciência do tamanho da lição que eles seriam capazes de ensinar-nos. Estes seres, agora olímpicos, que foram destinados à sobreviverem e conviverem com uma diversidade de dificuldades, se apresentam para então desafiarem algo muito conhecidos por eles; os limites do próprio corpo. Com as marcas que alcançam, desafiam nosso comodismo, preguiça e falta de determinação, fazendo-nos parecermos apenas pessoas poli queixosas, insatisfeitas com determinadas situações.
Faz-se necessário percebermos quem realmente são os “deficientes” que nós elencamos. Nestas pára-olimpíadas, homens e mulheres fizeram muita gente sentirem os sintomas da deficiência; visual, por encherem nossos olhos de lágrimas; mudez, por fazerem palavras engasgarem após mais uma medalha. A estes atletas parabéns por suas marcas e conquistas. A estes eficientes atletas, nosso respeito e gratidão.
Com o encerramento dos jogos para-olímpicos, vejamos,... Quem é deficiente?O ser humano que não tem um ou mais membros? O que possui a falta de capacidade auditiva ou visual? O que sofreu uma paralisia parcial? Aquele que calça suas próteses de fibra para sagrar-se campeão numa pista de atletismo, arrancando sorrisos, lágrimas e aplausos? Homens e mulheres que realizam provas inimagináveis para nós, considerados pessoas fisicamente normais.
Quem é deficiente? Não seriam talvez, aqueles que, abraçados muito cedo pela sorte, ainda na infância, acabam contratados por poderosos clubes, treinados, lapidados, pelos melhores profissionais da área, com todo apoio e infra-estrutura necessária para gerarem os esperados frutos financeiros e muitas vezes, quando chegada a hora H, mesmo com total aptidão, após anos e anos de treinamento, acabam por não render o suficiente, apresentando uma deficiência naquele momento profissional?
Quando criaram as olimpíadas para os que chamamos de deficientes, não tinham consciência do tamanho da lição que eles seriam capazes de ensinar-nos. Estes seres, agora olímpicos, que foram destinados à sobreviverem e conviverem com uma diversidade de dificuldades, se apresentam para então desafiarem algo muito conhecidos por eles; os limites do próprio corpo. Com as marcas que alcançam, desafiam nosso comodismo, preguiça e falta de determinação, fazendo-nos parecermos apenas pessoas poli queixosas, insatisfeitas com determinadas situações.
Faz-se necessário percebermos quem realmente são os “deficientes” que nós elencamos. Nestas pára-olimpíadas, homens e mulheres fizeram muita gente sentirem os sintomas da deficiência; visual, por encherem nossos olhos de lágrimas; mudez, por fazerem palavras engasgarem após mais uma medalha. A estes atletas parabéns por suas marcas e conquistas. A estes eficientes atletas, nosso respeito e gratidão.
18 de setembro de 2008
13 de setembro de 2008
ESTES IMBECIS QUE ADORAM GUERRA...
O título deste post é um trecho de música/poesia de Renato Russo, que me lembrei quando li os trechos do discurso da candidata dos Republicandos à Vice-Presidente dos EUA, Sarah Palin.
Em seu primeiro grande discurso, a atual governadora do Alasca admitiu a hipótese dos Estados Unidos declararem guerra à Rússia, caso esta insista em invadir a Geórgia.
Lamentável que, em pleno Século XXI uma nação ainda se sinta atraída por discursos de guerra.
Em seu primeiro grande discurso, a atual governadora do Alasca admitiu a hipótese dos Estados Unidos declararem guerra à Rússia, caso esta insista em invadir a Geórgia.
Lamentável que, em pleno Século XXI uma nação ainda se sinta atraída por discursos de guerra.
O VENERADO PADRE CÍCERO
Depois de ler um trecho de alguns preceitos do Padre Cícero Romão Batista, o "Padre Cícero" tão venerado pelo povo do nordeste, consegui finalmente entender porque aquele povo admirava e continua tendo fé no falecido homem que, principalmente por lá, tem aura de santo.
A verdade é que a mensagem deixada por Padre Cícero mistura religiosidade, moral e conselhos práticos formulados em forma de imperativos, para um cotidiano ecologicamente sustentável e um futuro melhor.
Vale a pena a transcrição de um trecho que mostra a amplitude de visão desse homem, ainda no início do Século XX, quando não se falava em ecologia e manejo sustentável do ambiente.
Não derrube o mato - nem mesmo só pé de pau. Não toque fogo no roçado nem na caatinga. Não cace mais e deixe os bichos viverem. Não crie o boi e o bode soltos: faça cercados e deixe o pasto descansar para que possa se refazer. Não plante serra acima nem faça roçado em ladeira muito em pé; deixe o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e para que não se perca a sua riqueza. Faça uma cisterna no canto de sua casa para guardar a água da chuva. Represe os riachos de cem em cem metros, ainda que seja com pedra solta. Plante cada dia pelo menos um pé de árvore até que o sertão seja uma mata só. Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga. Se o sertanejo obedecer a esses preceitos, a seca vai se acabando, o gado melhorando e o povo terá o que comer. Mas se não obedecer, dentre de pouco tempo o sertão vai virar um deserto só.
(li este trecho no artigo "Pistas práticas para cuidar da Terra (2)", de Leonardo Boff).
A verdade é que a mensagem deixada por Padre Cícero mistura religiosidade, moral e conselhos práticos formulados em forma de imperativos, para um cotidiano ecologicamente sustentável e um futuro melhor.
Vale a pena a transcrição de um trecho que mostra a amplitude de visão desse homem, ainda no início do Século XX, quando não se falava em ecologia e manejo sustentável do ambiente.
Não derrube o mato - nem mesmo só pé de pau. Não toque fogo no roçado nem na caatinga. Não cace mais e deixe os bichos viverem. Não crie o boi e o bode soltos: faça cercados e deixe o pasto descansar para que possa se refazer. Não plante serra acima nem faça roçado em ladeira muito em pé; deixe o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e para que não se perca a sua riqueza. Faça uma cisterna no canto de sua casa para guardar a água da chuva. Represe os riachos de cem em cem metros, ainda que seja com pedra solta. Plante cada dia pelo menos um pé de árvore até que o sertão seja uma mata só. Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga. Se o sertanejo obedecer a esses preceitos, a seca vai se acabando, o gado melhorando e o povo terá o que comer. Mas se não obedecer, dentre de pouco tempo o sertão vai virar um deserto só.
(li este trecho no artigo "Pistas práticas para cuidar da Terra (2)", de Leonardo Boff).
12 de setembro de 2008
SEGURADO, MESMO INADIMPLENTE, PODE COBRAR INDENIZAÇÃO
A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça determinou que uma seguradora indenize os prejuízos sofridos por um segurado que teve o veículo furtado quando estava inadimplente com o pagamento de parcela do seguro.
Por unanimidade, a Turma entendeu que, "sob a égide do Código Civil anterior, o mero atraso no pagamento da prestação do prêmio do seguro não importa em desfazimento automático do contrato, para o que se exige, ao menos, a prévia constituição em mora do contratante pela seguradora, mediante interpelação".
M.F.S. ajuizou ação contra a SDB Companhia de Seguros Gerais, sustentando que a existência de previsão de pagamento de juros moratórios indica que ele pode ser feito com atraso sem provocar a antecipada desconstituição do contrato.
A Segunda Seção do STJ firmou entendimento de que é necessária a prévia notificação do segurado para a sua constituição em mora e a suspensão ou rescisão do contrato, o que não se dá automaticamente.
Acompanhando o voto do relator, a Turma optou por uma posição mais flexível, que dispensa o ajuizamento de ação pela seguradora, mas admite a suspensão do contrato após interpelação promovida pela contratada ao segurado, colocando-o em mora.
Para o Ministro Aldir Passarinho, relator do recurso, isso é suficiente para impedir procedimento igualmente lesivo do contratante, sob pena de estimular o ilegítimo hábito de não pagar até a eventualidade do acidente e, então, pedir a cobertura com o concomitante recolhimento da parcela devida.
Segundo o ministro, no caso em questão, não houve a interpelação para constituição em mora nem a ação judicial para resolução do contrato e, sem tais requisitos, a seguradora não poderia dar o contrato como automaticamente dissolvido, deixando de pagar pela indenização contratada e ainda íntegra, por sua omissão na tomada das mencionadas providências.
Por unanimidade, a Seguradora foi condenada ao pagamento do valor do seguro acrescido de juros moratórios a partir da citação, custas e honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor da condenação.
O entendimento vale apenas para os contratos firmados na vigência do antigo Código Civil. (Resp. nº 726673 - com informações do STJ).
(Fonte: Espaço Vital).
Por unanimidade, a Turma entendeu que, "sob a égide do Código Civil anterior, o mero atraso no pagamento da prestação do prêmio do seguro não importa em desfazimento automático do contrato, para o que se exige, ao menos, a prévia constituição em mora do contratante pela seguradora, mediante interpelação".
M.F.S. ajuizou ação contra a SDB Companhia de Seguros Gerais, sustentando que a existência de previsão de pagamento de juros moratórios indica que ele pode ser feito com atraso sem provocar a antecipada desconstituição do contrato.
A Segunda Seção do STJ firmou entendimento de que é necessária a prévia notificação do segurado para a sua constituição em mora e a suspensão ou rescisão do contrato, o que não se dá automaticamente.
Acompanhando o voto do relator, a Turma optou por uma posição mais flexível, que dispensa o ajuizamento de ação pela seguradora, mas admite a suspensão do contrato após interpelação promovida pela contratada ao segurado, colocando-o em mora.
Para o Ministro Aldir Passarinho, relator do recurso, isso é suficiente para impedir procedimento igualmente lesivo do contratante, sob pena de estimular o ilegítimo hábito de não pagar até a eventualidade do acidente e, então, pedir a cobertura com o concomitante recolhimento da parcela devida.
Segundo o ministro, no caso em questão, não houve a interpelação para constituição em mora nem a ação judicial para resolução do contrato e, sem tais requisitos, a seguradora não poderia dar o contrato como automaticamente dissolvido, deixando de pagar pela indenização contratada e ainda íntegra, por sua omissão na tomada das mencionadas providências.
Por unanimidade, a Seguradora foi condenada ao pagamento do valor do seguro acrescido de juros moratórios a partir da citação, custas e honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor da condenação.
O entendimento vale apenas para os contratos firmados na vigência do antigo Código Civil. (Resp. nº 726673 - com informações do STJ).
(Fonte: Espaço Vital).
10 de setembro de 2008
SANCIONADA LEI QUE AMPLIA PRAZO DA LICENÇA-MATERNIDADE
Na prática, porém, a lei só começará a valer em 2010, porque o governo ainda precisa fazer uma estimativa de renúncia fiscal que só será incluída na proposta orçamentária de 2010.
De acordo com a lei, as empresas que aderirem a licença-maternidade de seis messes terão desconto fiscal sobre a remuneração paga à empregada pelos 60 dias a mais. A funcionária tem direito ao salário integral nesse período.
Foi vetado o parágrafo que concedia isenção fiscal às empresas enquadradas no Simples que concedessem a licença de seis meses para suas funcionárias, assim como o artigo que isentava patrões e empregadas do pagamento da contribuição previdenciária nos dois meses a mais da licença.
De acordo com a lei, as empresas que aderirem a licença-maternidade de seis messes terão desconto fiscal sobre a remuneração paga à empregada pelos 60 dias a mais. A funcionária tem direito ao salário integral nesse período.
Foi vetado o parágrafo que concedia isenção fiscal às empresas enquadradas no Simples que concedessem a licença de seis meses para suas funcionárias, assim como o artigo que isentava patrões e empregadas do pagamento da contribuição previdenciária nos dois meses a mais da licença.
9 de setembro de 2008
O BRASIL DE 1880 E SEUS REFLEXOS
Certos aspectos do Brasil parecem não ter sofrido modificação sensível ao longo de mais de um século.
Em tempo de eleições municipais, vale a pena rever os textos do Dr. Pereira Barreto, médico positivista e brasileiro, que atuou na política durante o Século XIX e escreveu diversos artigos para o Jornal A Província (hoje Jornal Estado de São Paulo).
Apesar de discordar parcialmente dos seus posicionamentos, concordo que a falta de cultura do eleitor é um problema muito grave, que torna difícil o ingresso de pessoas honestas, capacitadas e conscientes de sua missão, nos rumos da política partidária.
Vamos ao texto:
Nada se pode, de fato, conceber de mais absurdo, de mais imoral, de mais revoltante do que o espetáculo de uma eleição, tal qual é feita por um povo ignorante, pusilânime e corrompido como o nosso. Uma eleição em tais condições é a mais estranha violação de todas as leis do entendimento, é o mais atroz atentado ao senso comum; e é evidentemente de necessidade que envolvamos o quanto antes estas fealdades imorais na mais profunda espessura das sombras da história.
(Soluções Positivas da Política Brasileira - 1880).
Em tempo de eleições municipais, vale a pena rever os textos do Dr. Pereira Barreto, médico positivista e brasileiro, que atuou na política durante o Século XIX e escreveu diversos artigos para o Jornal A Província (hoje Jornal Estado de São Paulo).
Apesar de discordar parcialmente dos seus posicionamentos, concordo que a falta de cultura do eleitor é um problema muito grave, que torna difícil o ingresso de pessoas honestas, capacitadas e conscientes de sua missão, nos rumos da política partidária.
Vamos ao texto:
Nada se pode, de fato, conceber de mais absurdo, de mais imoral, de mais revoltante do que o espetáculo de uma eleição, tal qual é feita por um povo ignorante, pusilânime e corrompido como o nosso. Uma eleição em tais condições é a mais estranha violação de todas as leis do entendimento, é o mais atroz atentado ao senso comum; e é evidentemente de necessidade que envolvamos o quanto antes estas fealdades imorais na mais profunda espessura das sombras da história.
(Soluções Positivas da Política Brasileira - 1880).
8 de setembro de 2008
RESPOSTA AOS SUPOSTOS GRAMPOS (PROTÓGENES QUEIRÓZ)
"Sinto vergonha de mim…
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade,
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e de ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
celula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo,
buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de derespeito
para com seu proximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…
Tenho vergonha da minha impotëncia,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Tenho vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
POVO BRASILEIRO!
(Fonte: http://blogdoprotogenes.com.br/)
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade,
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e de ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
celula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo,
buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de derespeito
para com seu proximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…
Tenho vergonha da minha impotëncia,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Tenho vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
POVO BRASILEIRO!
(Fonte: http://blogdoprotogenes.com.br/)
6 de setembro de 2008
A FIGURA DO AMIGO
Penso que a amizade pode ser, como dizia Aristóteles, uma alma com dois corpos. Os amigos sofrem pela tristeza alheia e comemoram também os sucessos obtidos na vida.
O problema é a tal juridicização da amizade, vista não mais como sentimento de profunda empatia, mas sim como possibilidade de algum retorno, retribuição. O que se cultiva hoje, por força até mesmo de livros de "auto-ajuda" para sucesso profissional não são amizades, mas contatos. Prestigiar contatos.
Isso lembra Montesquieu, quando, pretendendo sistematizar e incluir o sentimento de amizade no método científico, afirmava que a amizade é um contrato segundo o qual nos comprometemos a prestar pequenos favores para que no-los retribuam com grandes.
O problema é a tal juridicização da amizade, vista não mais como sentimento de profunda empatia, mas sim como possibilidade de algum retorno, retribuição. O que se cultiva hoje, por força até mesmo de livros de "auto-ajuda" para sucesso profissional não são amizades, mas contatos. Prestigiar contatos.
Isso lembra Montesquieu, quando, pretendendo sistematizar e incluir o sentimento de amizade no método científico, afirmava que a amizade é um contrato segundo o qual nos comprometemos a prestar pequenos favores para que no-los retribuam com grandes.
ESPEREMOS (PABLO NERUDA)
Há outros dias que não tem chegado ainda,
que estão fazendo-se
como o pão ou as cadeiras ou o produto
das farmácias ou das oficinas
- há fábricas de dias que virão -
existem artesãos da alma
que levantam e pesam e preparam
certos dias amargos ou preciosos
que de repente chegam à porta
para premiar-nos com uma laranja
ou assassinar-nos de imediato.
que estão fazendo-se
como o pão ou as cadeiras ou o produto
das farmácias ou das oficinas
- há fábricas de dias que virão -
existem artesãos da alma
que levantam e pesam e preparam
certos dias amargos ou preciosos
que de repente chegam à porta
para premiar-nos com uma laranja
ou assassinar-nos de imediato.
O CAOS NO TRÂNSITO EM JARAGUÁ DO SUL
A cada dia que passa sinto que algumas das mudanças recentemente introduzidas no trânsito de Jaraguá não só pioraram o fluxo de veículos, como conduzem gradativamente ao caos.
A confluência da Avenida Marechal Floriano Peixoto com a Rua Presidente Epitácio Pessoa, por exemplo, fica congestionada durante todo o horário bancário. O volume de veículos é insuportável para via e dificulta inclusive o trânsito dos pedestres, que se vêem obrigados a andar espremidos entre os automóveis.
Jaraguá se tornou uma pequena cidade com trânsito de metrópole.
É necessário rever o que está sendo feito para o fim de otimizar os recursos que estão sendo investidos e evitar novos gastos em breve.
A confluência da Avenida Marechal Floriano Peixoto com a Rua Presidente Epitácio Pessoa, por exemplo, fica congestionada durante todo o horário bancário. O volume de veículos é insuportável para via e dificulta inclusive o trânsito dos pedestres, que se vêem obrigados a andar espremidos entre os automóveis.
Jaraguá se tornou uma pequena cidade com trânsito de metrópole.
É necessário rever o que está sendo feito para o fim de otimizar os recursos que estão sendo investidos e evitar novos gastos em breve.
5 de setembro de 2008
A REGIONALIZAÇÃO DO JOGO NO BRASIL
A Comissão de Assuntos Econômicos da Câmara dos Deputados aprovou na data de ontem, proposta que regulamenta o funcionamento de bingos e cassinos no Brasil.
O texto, entre outras medidas, restringe o funcionamento de cassinos às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (!) e proíbe a presença, nessas casas, de pessoas com compulsão por jogos, estabelecendo infrações administrativas e penais para os casos de desrespeito às normas.
De acordo com o projeto, não será permitida a presença, em nenhum desses estabelecimentos, de pessoas menores de idade, ou portadores "do vício da ludopatia", que serão inscritas em um cadastro nacional a ser criado.
Antes de ir à Plenário, o texto ainda será analisado pelas comissões de Finanças e de Constituição e Justiça.
Desde já antecipo meu posicionamento de que não é possível regionalizar o jogo no Brasil. Qual é o critério? Desenvolvimento? IDH? Potencial turístico?
Se for aprovado, que seja liberado em todo o Brasil. O que não é possível é criminalizar uma conduta em certas unidades da federação e, ao mesmo tempo, endossar tal prática em outras.
O texto, entre outras medidas, restringe o funcionamento de cassinos às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (!) e proíbe a presença, nessas casas, de pessoas com compulsão por jogos, estabelecendo infrações administrativas e penais para os casos de desrespeito às normas.
De acordo com o projeto, não será permitida a presença, em nenhum desses estabelecimentos, de pessoas menores de idade, ou portadores "do vício da ludopatia", que serão inscritas em um cadastro nacional a ser criado.
Antes de ir à Plenário, o texto ainda será analisado pelas comissões de Finanças e de Constituição e Justiça.
Desde já antecipo meu posicionamento de que não é possível regionalizar o jogo no Brasil. Qual é o critério? Desenvolvimento? IDH? Potencial turístico?
Se for aprovado, que seja liberado em todo o Brasil. O que não é possível é criminalizar uma conduta em certas unidades da federação e, ao mesmo tempo, endossar tal prática em outras.
RACIONALISMO X FÉ (ÓTIMO ARTIGO DE LEONARDO BOFF)
Hoje, o tema Deus está em alta. Alguns, em nome da ciência, pretendem negar sua existência, como o biólogo Richard Dawkins, com seu livro “Deus, um Delírio” (São Paulo, 2007). Outros, como o diretor do Projeto Genoma, Francis Collins, com o sugestivo título “A Linguagem de Deus” (São Paulo, 2007), apresentam as boas razões da fé em sua existência.
E há outros no mercado, como os de C. Hitchens e S. Harris.No meu modo de ver, todos esses questionamentos laboram num equívoco epistemológico de base, que é o de quererem plantar Deus e a religião no âmbito da razão. O lugar natural da religião não está na razão, mas na emoção profunda, no sentimento oceânico, naquela esfera em que emergem os valores e as utopias.
Bem dizia Blaise Pascal, no começo da modernidade: “É o coração que sente Deus, não a razão”. (Pensées frag. 277). Crer em Deus não é pensar Deus, mas sentir Deus a partir da totalidade do ser.Rubem Alves, em seu “Enigma da Religião” (1975), diz, com acerto: “A intenção da religião não é explicar o mundo. Ela nasce, justamente, do protesto contra este mundo descrito e explicado pela ciência. A religião, ao contrário, é a voz de uma consciência que não pode encontrar descanso no mundo tal qual ele é, e que tem como seu projeto transcendê-lo”.
O que transcende este mundo em direção a um maior e melhor são a utopia, a fantasia e o desejo. Essas realidades que foram postas de lado pelo saber científico voltaram a ganhar crédito e foram resgatadas pelo pensamento mais radical, inclusive de cunho marxista, como em Ernst Bloch e Lucien Goldman. O que subjaz a esse processo é a consciência de que pertencem também ao real o potencial, o virtual, aquilo que ainda não é, mas pode ser.Por isso, a utopia não se opõe à realidade.
É expressão de sua dimensão potencial latente. A religião e a fé em Deus vivem desse ideal e dessa utopia. Por isso, onde há religião, há sempre esperança, projeção de futuro, promessa de salvação e de vida eterna. Elas são inalcançáveis pela simples razão técnico-científica, que é uma razão encurtada, porque se limita aos dados sempre limitados.
Quando se restringe a essa modalidade, se transforma numa razão míope, como se nota em Dawkins.Se o real inclui o potencial, então está com mais razão o ser humano, cheio de ilimitadas potencialidades. Ele, na verdade, é um ser utópico. Nunca está pronto, mas sempre em gênese, construindo sua existência a partir de seus ideais, utopias e sonhos.
Em nome deles mostrou o melhor de si mesmo. É desse transfundo que podemos recolocar o problema de Deus de forma sensata. A palavra-chave é abertura. O ser humano mostra três aberturas fundamentais: ao mundo, transformando-o; ao outro, se comunicando; ao Todo, captando seu caráter infinito, quer dizer, sem limites.Sua condition humaine o faz sentir-se portador de um desejo infinito e de utopias últimas. Seu drama reside no fato de que não encontra no mundo real nenhum objeto que lhe seja adequado.
Quer o infinito, e só encontra finitos. Surge, então, uma angústia que nenhum psicanalista pode curar. É daqui que emerge o tema Deus. Deus é o nome, entre tantos, que damos para o obscuro objeto de nosso desejo, aquele sempre maior que está para além de qualquer horizonte.Este caminho pode, quem sabe, nos levar à experiência do cor inquietum de Santo Agostinho: “Meu coração inquieto não descansará enquanto não repousar em ti”. A razão que acolhe Deus se faz inteligência que intui para além dos dados e se transforma em sabedoria que impregna a vida de sentido e de sabor.
E há outros no mercado, como os de C. Hitchens e S. Harris.No meu modo de ver, todos esses questionamentos laboram num equívoco epistemológico de base, que é o de quererem plantar Deus e a religião no âmbito da razão. O lugar natural da religião não está na razão, mas na emoção profunda, no sentimento oceânico, naquela esfera em que emergem os valores e as utopias.
Bem dizia Blaise Pascal, no começo da modernidade: “É o coração que sente Deus, não a razão”. (Pensées frag. 277). Crer em Deus não é pensar Deus, mas sentir Deus a partir da totalidade do ser.Rubem Alves, em seu “Enigma da Religião” (1975), diz, com acerto: “A intenção da religião não é explicar o mundo. Ela nasce, justamente, do protesto contra este mundo descrito e explicado pela ciência. A religião, ao contrário, é a voz de uma consciência que não pode encontrar descanso no mundo tal qual ele é, e que tem como seu projeto transcendê-lo”.
O que transcende este mundo em direção a um maior e melhor são a utopia, a fantasia e o desejo. Essas realidades que foram postas de lado pelo saber científico voltaram a ganhar crédito e foram resgatadas pelo pensamento mais radical, inclusive de cunho marxista, como em Ernst Bloch e Lucien Goldman. O que subjaz a esse processo é a consciência de que pertencem também ao real o potencial, o virtual, aquilo que ainda não é, mas pode ser.Por isso, a utopia não se opõe à realidade.
É expressão de sua dimensão potencial latente. A religião e a fé em Deus vivem desse ideal e dessa utopia. Por isso, onde há religião, há sempre esperança, projeção de futuro, promessa de salvação e de vida eterna. Elas são inalcançáveis pela simples razão técnico-científica, que é uma razão encurtada, porque se limita aos dados sempre limitados.
Quando se restringe a essa modalidade, se transforma numa razão míope, como se nota em Dawkins.Se o real inclui o potencial, então está com mais razão o ser humano, cheio de ilimitadas potencialidades. Ele, na verdade, é um ser utópico. Nunca está pronto, mas sempre em gênese, construindo sua existência a partir de seus ideais, utopias e sonhos.
Em nome deles mostrou o melhor de si mesmo. É desse transfundo que podemos recolocar o problema de Deus de forma sensata. A palavra-chave é abertura. O ser humano mostra três aberturas fundamentais: ao mundo, transformando-o; ao outro, se comunicando; ao Todo, captando seu caráter infinito, quer dizer, sem limites.Sua condition humaine o faz sentir-se portador de um desejo infinito e de utopias últimas. Seu drama reside no fato de que não encontra no mundo real nenhum objeto que lhe seja adequado.
Quer o infinito, e só encontra finitos. Surge, então, uma angústia que nenhum psicanalista pode curar. É daqui que emerge o tema Deus. Deus é o nome, entre tantos, que damos para o obscuro objeto de nosso desejo, aquele sempre maior que está para além de qualquer horizonte.Este caminho pode, quem sabe, nos levar à experiência do cor inquietum de Santo Agostinho: “Meu coração inquieto não descansará enquanto não repousar em ti”. A razão que acolhe Deus se faz inteligência que intui para além dos dados e se transforma em sabedoria que impregna a vida de sentido e de sabor.
1 de setembro de 2008
AJAPRA - ADOÇÃO É A MELHOR OPÇÃO
Visite o site da Associação Jaraguaense de Proteção aos Animais - AJAPRA e colabore com a nobre causa.
Para quem deseja companhia para si ou para seu único animal, existem várias opções de filhotes ou adultos esperando por um lar.
Segue o link:
http://fotolog.terra.com.br/ajapra:106
Para quem deseja companhia para si ou para seu único animal, existem várias opções de filhotes ou adultos esperando por um lar.
Segue o link:
http://fotolog.terra.com.br/ajapra:106
CORA CORALINA
Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar.
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar.
VATICANO DEFENDE INTERPRETAÇÃO LITERAL DO GÊNESIS
Um padre argentino, que é um renomado professor universitário no país, não poderá continuar dando aulas, nem divulgar entrevistas ou informações nos veículos de comunicação locais por ordem do Vaticano.
Segundo a instituição católica, a decisão se deve ao fato de o religioso negar a existência de Adão e Eva. O sacerdote é Ariel Alvarez Valdés, um conhecido doutor em Teologia Bíblica que trabalha como professor na Universidade Católica de Santiago del Estero (província no norte da Argentina) e do Seminário Diocesano de Catequese.
A sanção foi adotada pelo Vaticano e assinada pelo cardeal Tarciso Bertone, ex-secretário da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, segundo a agência oficial Télam. O padre, autor de vários livros e responsável pelas missas da paróquia de Nossa Senhora do Pilar em Santiago del Estero, também não poderá dar declarações à imprensa ou fazer comentários a estações de rádio e televisão.
Isso porque, em várias situações Valdés teria negado publicamente: a anunciação do anjo Gabriel à Virgem Maria, as aparições físicas de Nossa Senhora e a existência de Adão e Eva. Segundo o Vaticano, a postura é contrária a doutrina da Igreja Católica.
(Fonte: Folha Online)
Comentário:
É por essas e outras que a Igreja Católica Apostólica Romana perde, dia-a-dia, os seus adeptos. Em pleno Século XXI é difícil continuar a pregar uma interpretação literal do Gênesis, que sabidamente constitui uma alegoria em molde poético.
Ao Padre Ariel, meus sinceros cumprimentos pela grandeza de manter-se firme no propósito de transmitir o que genuinamente entende como sendo um credo mais palatável ao estágio cultural da humanidade nos dias de hoje.
Os Séculos vão passando, mas o modo de tratar quem se atreve a desafiar os "dogmas romanos", continua o mesmo desde que Galileu enfrentou a "Santa" Inquisição. Que o diga Leonardo Boff.
Segundo a instituição católica, a decisão se deve ao fato de o religioso negar a existência de Adão e Eva. O sacerdote é Ariel Alvarez Valdés, um conhecido doutor em Teologia Bíblica que trabalha como professor na Universidade Católica de Santiago del Estero (província no norte da Argentina) e do Seminário Diocesano de Catequese.
A sanção foi adotada pelo Vaticano e assinada pelo cardeal Tarciso Bertone, ex-secretário da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, segundo a agência oficial Télam. O padre, autor de vários livros e responsável pelas missas da paróquia de Nossa Senhora do Pilar em Santiago del Estero, também não poderá dar declarações à imprensa ou fazer comentários a estações de rádio e televisão.
Isso porque, em várias situações Valdés teria negado publicamente: a anunciação do anjo Gabriel à Virgem Maria, as aparições físicas de Nossa Senhora e a existência de Adão e Eva. Segundo o Vaticano, a postura é contrária a doutrina da Igreja Católica.
(Fonte: Folha Online)
Comentário:
É por essas e outras que a Igreja Católica Apostólica Romana perde, dia-a-dia, os seus adeptos. Em pleno Século XXI é difícil continuar a pregar uma interpretação literal do Gênesis, que sabidamente constitui uma alegoria em molde poético.
Ao Padre Ariel, meus sinceros cumprimentos pela grandeza de manter-se firme no propósito de transmitir o que genuinamente entende como sendo um credo mais palatável ao estágio cultural da humanidade nos dias de hoje.
Os Séculos vão passando, mas o modo de tratar quem se atreve a desafiar os "dogmas romanos", continua o mesmo desde que Galileu enfrentou a "Santa" Inquisição. Que o diga Leonardo Boff.
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