25 de maio de 2010

SOBRE A HIDRELÉTRICA NA CACHOEIRA DA BRUACA





Os vídeos acima mostram a beleza da Cachoeira da Bruaca, localizada no município de Corupá (SC).

Desde 2005 uma empresa vem tentando obter licenciamento e anuência da população para a instalação de uma Pequena Central Hidrelétrica - PCH no local, o que importaria, como impacto ambiental, no desmatamento de aproximadamente 2 hectares (20.000m2) de mata nativa para construção de estradas e área alagada, além do desvio do curso de um dos ribeirões que formam a bacia hidrográfica.

A cachoeira é, indiscutivelmente o cartão postal da cidade, podendo ser vista imponente a quilômetros de distância. Depois de rejeitado pela população em 2005, o projeto voltou à tona no final de 2009 e agora está na reta final.

Segundo matéria publicada no Jornal A Notícia em novembro de 2009, quem é contra a construção da pequena central hidrelétrica (PCH) no rio Bruaca diz que o novo projeto apresenta os mesmos impactos ambientais que o anterior. O ambientalista Germano Woehl, do Instituto Rã-Bugio, aponta problemas na construção.

“A PCH pode gerar 4 MW, mas apenas durante quatro meses por ano, e não 12 MW, pois o Bruaca não tem água para isso. No projeto original, foi alterada a área da bacia do Bruaca, que aumentou em cinco vezes o volume do rio. Confundiram a área da bacia do córrego rio Vermelho, afluente no Bruaca, com o rio Vermelho de São Bento. Não sei se corrigiram este erro no novo projeto”, diz Germano.

O ambientalista aponta que a construção da estrada cortará o corredor ecológico da serra do Mar, onde há animais em extinção.

Outro problema, diz Germano, seria a erosão no ribeirão Correia, para onde a água usada para gerar energia seria desviada, além do impacto aos animais como lontras e cuícas d´água.

Os que apoiam o projeto da hidrelétrica falam na geração de 150 empregos diretos durante as obras de construção, bem em um retorno financeiro anual ao município, a ser destinado para obras de saneamento básico e saúde.

Espero que os melhores interesses orientem a decisão a ser tomada, pois o impacto ambiental é definitivo, não permitirá volta.

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