A lógica desejada pelas instituições financeiras de varejo com os seus clientes (em nivel global) é muito mais complexa do que o cidadão desavisado pode imaginar.
Um dos aspectos que mais chama a atenção é que a facilitação da concessão de crédito, não é feita para que o cliente prontamente devolva o capital. Muito pelo contrário.
Cabe notar que o cidadão que antecipa o pagamento de um financiamento, raramente tem descontada a integralidade dos juros, tal como prevê a Lei 8.078/90. Quem quiser pode cobrar essa diferença de juros não abatida pelo banco (e ganha), mas terá o seu nome negativado internamente para futuros novos pedidos de financiamento.
Não é nada interessante para o banco que o seu cliente seja pontual e consiga honrar com todos os seus compromissos. Bom mesmo é o cliente que sempre atravessa alguma dificuldade, atrasando, pagando juros, multas, comissões, tarifas, encargos de toda espécie. Esse é o cliente mais desejado.
Receber o capital de emprestado de volta? Longe disso.
Bom mesmo para o banco é renegociar o débito, refinanciar majorando a taxa de juros e mantendo a relação de empréstimo por mais tempo possivel. O volume de juros e encargos (lucro do banco) será sempre maior.
O mesmo serve para a operadora de cartão de crédito. Quem paga apenas anuidade não gera lucro. Bom é o cliente que paga juros no cartão. É este que engorda os cofres.
Enfim, vale abrir o olho. Para as instituições financeiras, se você paga suas contas em dia e não precisa de dinheiro emprestado, você é um cliente de segunda ou terceira categoria, pois não gera lucro.
Bom mesmo é aquele que fica permanentemente sangrando um pouco (no limite da saúde financeira). Esse sim é o cliente preferencial de qualquer banco de varejo.
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