18 de janeiro de 2011

HOMEM-NERVO (SILVIO BARROS)

Enquanto existir, eu carregarei o sol

e dançarei sob a chuva.

todos os sóis da galáxia neste momento brilham em meus olhos

e todos os sóis vermelhos, binários,

arrastarei neste crepúsculo

e todas as formas de todos os seres,

se adequarão ao meu corpo

mutante, elástico, como o tempo, que passa voando com suas asas de prata.

O tempo, estranho ser este filho da entropia com a distorção causada pela gravidade

que nasceu com o esticamento do universo...

começo a enfileirar palavras num papel branco,

tanto tempo deserto.

Nenhum comentário: