14 de janeiro de 2011

AFINAL, O QUE O DINHEIRO PODE COMPRAR?

Quando se pensa no termo "produto" ou "mercadoria", pode-se inicialmente ter em mente algo do supermercado, uma caixa lacrada, um utensílio doméstico, um eletrodoméstico.

Porém, cada vez mais o termo "mercadoria" vem recebendo uma ampliação no seu conceito. Hoje os bens negociáveis ou sujeitos à apreciação econômica constituem um leque de opções cada vez maior.

Órgãos e tecidos humanos (em alguns países), exposição da sexualidade (no ocidente de forma geral), uso da imagem das pessoas (inclusive menores), o código genético de animais e plantas e suas modificações, o ar que respiramos (créditos de carbono), as reservas de água, tudo virou ou está virando "mercadoria" e, não duvido, em futuro próximo, alguns desses itens podem virar comodities com cotação em bolsa.

A existência de limites sobre o que o capital pode adquirir deveria ser mais clara e ostensiva. O mercado não pode tudo. O dinheiro não pode tudo... ou pode?

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