14 de setembro de 2010

O PROBLEMA DA FALTA DE IDEOLOGIA PARTIDÁRIA

Comungo apenas com uma parcela das convicções e ideias defendidas pelo candidato a Presidência da República pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio.

A estatização de empresas já privatizadas, por exemplo, é algo que não soa adequado e viável sem um grande impacto externo. Aquela ideia de empresa fechada é empresa a ser ocupada também soa muito radical para as minhas convicções pessoais. Os valores propostos para o salário mínimo são também muito altos para o que a economia pode pagar.

Todavia, uma virtude ninguém pode negar ao PSOL e à candidatura do Plínio: existe uma ideologia bem definida, séria e que não se mistura (como água e óleo) com outros discursos de direita, centro e centro-esquerda.

E é isso o que eu louvo. Acho melhor ter uma ideologia bem definida, do que ficar somente ao sabor dos interesses pessoais.

Qual a diferença notável de ideologia entre o DEM, o PSDB, o PMDB, o PP e até mesmo o PT (que anda tão parecido com os demais)?

A verdade é que a tônica dos nossos partidos políticos em todas as esferas (municipal, estadual e federal) tem sido a defesa intransigível  dos interesses dos partidos, dos membros dos partidos e dos financiadores de campanha. Depois, se for possível e render votos, aí sim virá o interesse da coletividade.

Não é novidade o que vou dizer, mas está a cada dia mais evidente que a grande maioria não está mesmo preocupada com as misérias do povo, mas sim com o seu êxito pessoal e, no máximo, com o do seu partido.

Por isso, cuide muito ao escolher os seus 6 (seis) candidatos no pleito eleitoral que se aproxima. Sugiro, pessoalmente, votar em pessoas e ideias e não em partidos.

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