A concessão de licenciamento ambiental para o desenvolvimento de loteamentos residenciais, supressão de vegetação, canalização de água, dentre outros, é comumente utilizada como moeda de troca por administradores públicos inescrupulosos.
Nesses momentos de tormenta ambiental é que se constata claramente que a verdade está do lado daqueles rotulados de "ecochatos", que não admitem a derrubada da mata ciliar ou dos morros para ocupação desordenada.
Há que se imputar responsabilidade ao poder público, através de seus administradores, pelos loteamentos regulares que não deveriam ter saído do papel, mas também pelos irregulares, tendo em vista a falta de fiscalização ou "política das vistas grossas", tão utilizada para não atrair a antipatia dos eleitores e financiadores de campanha.
Em uma região acidentada como é a do Vale do Itajaí e região norte de Santa Catarina, há que se ter consciência dos limites impostos pelas condições geográficas e não tentar flexibilizar regras ambientais, tal como agora está se tentando através do Código Ambiental Estadual, estratégia inconstitucional utilizada pelo Governo Estadual para dissolver as limitações contidas no Código Florestal Nacional e possibilitar o suposto "desenvolvimento por toda Santa Catarina".
Não é a natureza que se volta contra o homem, é o homem que por sua ganância não consegue conviver harmoniosamente com a natureza.
Um comentário:
Com outras palavras, mas assim disse o Prof° Paulo Unger (Udesc/Jlle - 1992): "a natureza toma de volta o que dela fora retirado, não importando o tempo que leva".
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