24 de fevereiro de 2008

UTOPIA















Eu queria, por alguma magia pôr numa tela uma criança de rua
Pintaria pra ela, uma mesa farta uma escola que estaria à sua espera
Nesta tela ela seria sadia e feliz, até com o olhar, sorriria
Eu queria dentro de uma tela um cachorro abandonado e sarnento
Curaria suas feridas com meu pincel
Pintaria para ele um quintal uma bola,
muita ração e uma criança que seria feliz, por ter um amigo fiel
Eu queria na tela, um homem idoso
Com verdes, azuis, rosas e amarelos pintaria-lhe um florido jardim
A sua volta filhos e netos sentados escutando, calados,
atentos e afim estórias que ele viveu no passado
Eu queria você que me lê numa tela num gramado verde claro,
árvores muitas flores do campo, um sol num céu azul anil, bem iluminado
Por um dia, teria a natureza ao seu lado
E sentirias por Deus, ser muito amado Eu queria pintar muitas telas assim
Fazer uma grande exposição
O título que eu daria? “Alegria“
Ah...mas que bobagem a minha
Uma exposição assim não existiria
Só posso chamar isso de...
Utopia

(Catucha, 18.02.2008).

Um comentário:

Anônimo disse...

Tocante e reflitivo. Catucha foi extremamente feliz em sua definição principalmente pela humildade dos desejos - que perceba-se, baseiam-se num princípio de respeito e reconhecimento ao outro. Não definiria melhor também minha utopia.