Tanto já foi falado sobre a desgraça que está sendo cometida contra a fauna, a flora e a biodiversidade em geral na Amazônia. O Brasil, infelizmente parece estar trilhando o caminho da China que devastou tudo o que pôde e agora pensa como importar ou recuperar a um custo absurdo, recursos naturais de fontes renováveis, inclusive água.
No jornal A Notícia de hoje (05 de fevereiro de 2008), o leitor Renni A. Schoenberger enviou carta para a coluna do Leitor que sintetiza bem todo o quadro atual da relação do governo com o problema da destruição sistemática da Amazônia.
Permito-me transcrever a carta:
GENOCÍDIO AMBIENTAL
São vários os líderes mundiais condenados pelos tribunais ou pela história por genocídio. O editorial de A Notícia de ontem ("Controvérsia ambiental" página A2) faz necessária reflexão sobre a devastação da Amazônia, que, segundo dados oficiais, chegou a 3.233km2 em 2007. Compara-se a uma área do tamanho da Bélgica. Transportando para a nossa realidade, é uma área três vezes maior do que o município de Joinville, que tem 1.135km2, incluídos aí todos os bairros, mais áreas agrícolas e serra Dona Francisca. É algo fabuloso para ser derrubado em apenas um ano. Como o sistema de monitoramento via satélite analisa apenas áreas superiores a 200 mil m2, estima-se que essa área chegue a 7 mil km2.
Basta desse papo furado de que a preocupação de ambientalistas mundiais com a região é por interesse econômico das grandes potências, que a amazônia é nossa e que podemos fazer dela o que bem entendermos. Não podemos, não. É sabida a importância da floresta para o equilíbrio do clima do planeta. Temos a obrigação de preservá-la, sob pena de estarmos condenando à morte as futuras gerações. Medidas radicais devem ser tomadas pelo governo federal e pelos dirigentes mundiais. Vamos deixar de lado nosso egoísmo e nacionalismo retrógrados e exigir que nossos dirigentes sejam julgados por tribunais internacionais por genocídio, por crime contra a humanidade. Somente assim a região será olhada com a responsabilidade necessária."
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