Quando expirou o prazo para o
registro das candidaturas ao pleito municipal, pensei inicialmente em redigir
um manifesto dirigido aos candidatos, pedindo uma campanha política fundada
essencialmente na apresentação de propostas coerentes, sérias e honestas.
No entanto, logo depois percebi
que os meus pedidos e sugestões devem ser direcionados a quem realmente detém
poder neste momento, ou seja, o público eleitor, verdadeiro titular do poder em
um Estado Democrático.
Portanto, em vez de dirigir-me
aos mais de cento e sessenta candidatos a vereador e aos três candidatos a prefeito(a),
falo aos eleitores.
Em primeiro lugar, é necessário
ter a perfeita noção da responsabilidade de quem tem o direito-dever de votar,
ou seja, de escolher quem representará o povo pelos próximos quatro anos.
Não se pode mais ignorar a importância de um
voto consciente, no sentido de que o eleitor conheça as propostas do candidato,
sua vida pregressa, antecedentes de improbidade administrativa, qualificação profissional
para a função e experiência administrativa.
Estudemos, pois, a vida daqueles
que pretendem figurar como nossos representantes, evitando que novos
“Tiriricas” atinjam o objetivo de exercer uma função para a qual não estão
qualificados, não sabendo sequer exatamente a essência de suas atividades.
Não podemos ter vereadores que
não saibam que além de legislar, devem também fiscalizar os atos do Poder
Executivo ou, no mínimo, permitir que algum colega interessado o faça.
Aqueles que pretendem ser legisladores
precisam, ao menos, ter condições de ler e interpretar um texto corretamente,
entendendo seu alcance e profundidade. Devem conhecer o básico a respeito da
função legislativa e propor ações coerentes com a função que pretendem
desenvolver.
Já os candidatos a Prefeito devem
ter conduta ilibada, experiência administrativa e uma qualificação profissional
mínima para o exercício de tão importante função pública.
Portanto, salvo melhor juízo, não
se pode prestigiar a candidatura de quem já foi acusado e condenado pela
prática de improbidade administrativa, ou seja, de desonestidade com o uso de
recursos públicos.
Se na vida privada todos merecem ter
uma segunda chance em caso de falhas, tal não ocorre na vida pública. Quem
atenta uma vez contra os postulados de moralidade e honestidade no trato com a
coisa pública, merece ser condenado ao ostracismo para deixar outros
interessados demonstrarem que é possível administrar os recursos públicos de
forma honesta e eficiente.
Assim sendo, eleitores destinatários
destas linhas, a preocupação com o bom uso do voto é necessária. De nada
adiantam as queixas emitidas contra os titulares de cargos públicos, se quem
tem o poder de eliminar pretendentes indesejáveis não toma as medidas
necessárias no momento certo.
Um comentário:
Que assim seja, caro amigo!!
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