2 de fevereiro de 2012

UNIVERSALISMO

Como todos sabem, a partir da primeira metade do Século XX a humanidade passou a acelerar com velocidade nunca antes experimentada, o desenvolvimento de tecnologias, de culturas e da sua própria forma de viver.

Agora, atinge-se um estágio em que não é mais possível negar o universalismo como chave da coexistência pacífica e harmoniosa entre os seres humanos e suas diferentes culturas e possibilidades.

Tal como um dominó enfileirado, os regimes totalitários vem caindo, um depois do outro ao redor do planeta. É a humanidade se levantando e dizendo não à intolerância, à repressão, à violência, à injustiça e à mentalidade tosca.

Essa nova realidade exige que no âmbito da educação e da moralidade, sejam buscados modelos que partam de valores comuns aos seres humanos, como os postulados da doutrina do Direito Natural, por exemplo.

Na questão da religiosidade, outro ponto que ainda desagrega seres iguais por natureza, resta o dever de respeito à diversidade dos credos, o reconhecimento de que não existem caminhos únicos, credos superiores ou inferiores. Essa compreensão deve ser lógica e óbvia, assim como a constatação de que não existe diferença no amor materno africano, europeu, asiático ou americano.

Norberto Bobbio foi inspirado(r) quando fugiu do argumento filosófico para provar a unidade da espécie humana através de uma reflexão simples e prática. Segundo o intelectual italiano:

“Basta olhar o rosto de uma criança em qualquer parte do mundo. Quando vemos uma criança, que é o ser humano mais próximo da natureza, ainda não modelado e corrompido pelos costumes do povo em que está destinado a viver, não percebemos nenhuma diferença, senão nos traços somáticos, entre um pequeno chinês, africano ou índio e um pequeno italiano.”

Mas não é suficiente esperar, cabe a cada um reconhecer os paradigmas já ultrapassados e passar a agir comprometido com a dissolução de preconceitos, distinções ultrajantes, ódios religiosos, raciais ou decorrentes de diversidade sexual.

Assim como no Oriente Médio (agora é a Síria que está renascendo), a mudança deve vir de baixo para cima. Todos estão conectados por pensamentos, sentimentos e também pela internet. Hoje é possível, individualmente, fazer a diferença no cotidiano para que mais rapidamente a evolução necessária seja consolidada.

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