29 de fevereiro de 2012
22 de fevereiro de 2012
O MOTIVO DO CARNAVAL
As festividades de Carnaval, embora tivessem outra denominação, tiveram origem em cultos gregos aos deuses da fertilidade, realizados a partir de alguma data próxima do século VI A.C.
Há autores que sustentam a origem do Carnaval a patir do Entrudo português, festa na qual pessoas jogavam farinha, ovos e água, umas nas outras pelas ruas da cidade. Porém, ao que tudo indica o Entrudo teve origem em festividades gregas, daí porque a origem comum.
Somente em 590 D.C. a Igreja Católica absorveu a festa em seu calendário e passou a utilizar a denominação “Carnaval”, tendo em vista a suspensão do consumo de carne (carne valle) durante o período que se seguia, qual seja, a Quaresma.
Porém, a verdade é que esse tipo de festividade de transgressão faz parte do gênero humano. Ao que tudo indica, para que a vida social prossiga de forma salutar é necessário um curto período de transgressão controlada (ou nem tanto) dos costumes.Seria um retorno ao estado de liberdade próprio da era da barbárie.
Voltando à Igreja Católica, vale relembrar que esta manteve durante muito tempo nas festividades de ano novo a Festa dos Loucos (Festum Fatuorum), na qual membros do clero bebiam dentro da igreja, zombavam de orações, parodiavam evangelhos e faziam diversas transgressões dos costumes, o que seria inaceitável em qualquer outra época do ano.
Segundo o filósofo Alain de Botton, no ano de 1445 a Faculdade de Teologia de Paris explicou aos bispos franceses que a Festa dos Loucos era um evento necessário no calendário cristão, “para que a insensatez que é nossa segunda natureza, e inerente ao homem, possa se dissipar livremente pelo menos uma vez ao ano. Barris de vinho estouram de tempos em tempos se não os abrimos para entrar um pouco de ar. Todos nós, somos barris reunidos inadequadamente, e é por isso que permitimos a tolice em certos dias: para que, no fim, possamos regressar com maior fervor ao serviço de Deus.”
Os romanos antigos tinham os festivais da Saturnália, nos quais praticavam jogos proibidos nas ruas públicas, faziam toda a sorte de brincadeiras e invertiam papeis sociais, sendo que os escravos vestiam-se com roupas de seus senhores e podiam participar juntamente nas refeições. Há quem diga que a inversão chegava ao ponto de os senhores comportarem-se como escravos de seus escravos, tudo pela sátira, pelo humor, pela transgressão.
Da mesma forma, os norte-americanos comemoram a transgressão de costumes com o seu Mardi Gras e outros povos com festas congêneres ainda em voga.
Talvez a forma mais saudável de viver inclua realmente períodos curtos de inobservância das regras sociais, da pequena ética (etiqueta) e também do “politicamente correto”. Talvez, o ser humano seja mais complexo do que se imagina e precise, uma vez ou outra, sentir-se livre das pesadas correntes e cabrestos impostos pela vida em sociedade e, assim, considerar-se feliz.
16 de fevereiro de 2012
ÍNDIOS
Não se fala muito no assunto, mas na semana passada circulou um vídeo que compila imagens de uma tribo não contatada em um trecho entre o Brasil e o Peru. Essa pequena filmagem tomou espaço da mídia nacional e internacional.
Estima-se que existam aproximadamente 100 tribos ou povoados não contatados no planeta, sendo 14 no Brasil, espalhados por 5 estados brasileiros (Mato Grosso, Acre, Rondônia, Roraima e Amazonas). É fascinante saber que mais de 500 anos após o formal “descobrimento” do Brasil, existem pessoas que desconhecem o nosso modo de vida, que ainda mantêm uma cultura própria e que não sabem o rumo perigoso que o planeta está tomando por nossa culpa.
No Brasil e arredores, a grande ameaça contra essas pessoas, obviamente, fica por conta da ganância do povo branco, que vem derrubando matas em busca do ouro vermelho (mogno) e outras madeiras nobres para a fabricação de móveis coloniais.
Seria importante que o governo brasileiro estabelecesse formas de proteção a esses povos da mata, dando-lhes inclusive, direito de escolha. Sim, a escolha de manter o seu modo de vida, de proteger a sua cultura e de continuar vivendo do modo como fazem há milhares de anos.
Claro, temos experiência de sobra para saber que integrar o povo índio à cultura do branco, não melhorou a sua qualidade de vida. Pelo contrário, a perda das referências, da cultura e do modo de vida originais, converteu povos da mata em pessoas pobres, estigmatizadas e marginalizadas dentro do contexto da denominada, “cultura da civilização”.
O que não pode prosseguir é o genocídio praticado por garimpeiros, madeireiros, grileiros e outros criminosos que caminham com as botas pesadas do “progresso”, sobre a terra virgem da Amazônia tomando tudo o que conseguem, destruindo recursos, poluindo as águas com mercúrio e destruindo a fauna indefesa.
Renato Russo na música homônima desta crônica, deixou claro o sentimento de impotência daqueles filhos da terra que, da mesma forma que as árvores e animais, são trucidados por estarem no caminho do “desenvolvimento”:
Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado, por ser inocente.
Com pouco esforço talvez seja possível enxergar os fatos de um outro prisma. Os índios não são e não podem ser uma pedra no caminho do branco. Nós brancos é que somos a pedra no caminho deles, e que pedra!
12 de fevereiro de 2012
8 de fevereiro de 2012
AS DUAS FACES DA DEPENDÊNCIA
- Amanhã é Domingo, por que você está programando o despertador?
- É que tenho medo de dormir antes da hora.
- De que hora?
- Da hora de tomar o meu remédio para dormir?
O diálogo parece surreal, mas demonstra até que ponto vai a dependência química e psicológica. Esse é o aspecto negativo da dependência.
Mas a dependência também tem o seu aspecto positivo. E disso ninguém trata.
Ora, a dependência é parte da vida humana, ou será que alguém pode negar que é necessária e saudável a dependência do bebê para com a sua mãe?
O ser humano não é onipotente e absolutamente independente. Muito pelo contrário, por ser gregário por natureza, precisa dos seus semelhantes para sobreviver no planeta.
No relacionamento interpessoal, essa dependência está presente todos os dias, seja na equipe de trabalho, em que as metas são atingidas pelo conjunto e não pelos indivíduos, ou ainda no esporte, em que o gol é o ápice de uma jogada preparada pelo conjunto.
O exercício da humildade é necessário. Ninguém faz sucesso profissional absolutamente sozinho, assim como não há atacante bem sucedido se não houver alguém que lhe passe a bola no momento certo.
O que não pode ocorrer é a dependência que escraviza, tal como aquela expressada no diálogo que inicia esta crônica.
Aliás, uma fala muito comum do escravo dependente é a seguinte:
- Se eu quisesse parava.
- Mas você sabe que faz mal, então por que não pára?
- Não paro, porque não quero. Mas se eu quisesse...
A verdade é que o escravo nem conhece mais a sua vontade, confunde vício com desejo e acredita que conseguiria, se quisesse, quando na verdade nem sabe o que realmente quer.
O que me pergunto é quais dependências minhas são positivas e negativas? Será que sou escravo e não percebo?
6 de fevereiro de 2012
3 de fevereiro de 2012
MP AJUIZA AÇÃO CONTRA O NEPOTISMO EM JARAGUÁ DO SUL
Na última quarta-feira (01.02.2012), o Ministério Público de Santa Catarina, protocolizou Ação Civil Pública perante o fórum da Comarca de Jaraguá do Sul, visando o afastamento do Secretário Ivo Konell (marido da prefeita) e da Chefe de Gabinete Federa L. Konell (filha da prefeita).
Em seu despacho inicial prolatado na data de ontem (02.02.2012), a Juíza da Vara da Fazenda Pública, determinou a notificação prévia do procurador do município para manifestação em 72 horas e dos Réus (Cecília Konell, Ivo Konell e Fedra L. Konell), no prazo de 15 dias.
Após as manifestações, a juíza apreciará o pedido de tutela antecipada (liminar) requerida pelo Promotor de Justiça.
Depois da análise do pedido de antecipação de tutela, o processo segue seu curso para averiguação do cometimento de ilicitude por parte da Sra. Prefeita e a possível aplicação de penalidades, se for o caso.
Para acompanhar o trâmite processual, segue o link: http://esaj.tjsc.jus.br/cpo/pg/show.do?localPesquisa.cdLocal=36&processo.codigo=1000032JO0000&processo.foro=36
2 de fevereiro de 2012
UNIVERSALISMO
Como todos sabem, a partir da primeira metade do Século XX a humanidade passou a acelerar com velocidade nunca antes experimentada, o desenvolvimento de tecnologias, de culturas e da sua própria forma de viver.
Agora, atinge-se um estágio em que não é mais possível negar o universalismo como chave da coexistência pacífica e harmoniosa entre os seres humanos e suas diferentes culturas e possibilidades.
Tal como um dominó enfileirado, os regimes totalitários vem caindo, um depois do outro ao redor do planeta. É a humanidade se levantando e dizendo não à intolerância, à repressão, à violência, à injustiça e à mentalidade tosca.
Essa nova realidade exige que no âmbito da educação e da moralidade, sejam buscados modelos que partam de valores comuns aos seres humanos, como os postulados da doutrina do Direito Natural, por exemplo.
Na questão da religiosidade, outro ponto que ainda desagrega seres iguais por natureza, resta o dever de respeito à diversidade dos credos, o reconhecimento de que não existem caminhos únicos, credos superiores ou inferiores. Essa compreensão deve ser lógica e óbvia, assim como a constatação de que não existe diferença no amor materno africano, europeu, asiático ou americano.
Norberto Bobbio foi inspirado(r) quando fugiu do argumento filosófico para provar a unidade da espécie humana através de uma reflexão simples e prática. Segundo o intelectual italiano:
“Basta olhar o rosto de uma criança em qualquer parte do mundo. Quando vemos uma criança, que é o ser humano mais próximo da natureza, ainda não modelado e corrompido pelos costumes do povo em que está destinado a viver, não percebemos nenhuma diferença, senão nos traços somáticos, entre um pequeno chinês, africano ou índio e um pequeno italiano.”
Mas não é suficiente esperar, cabe a cada um reconhecer os paradigmas já ultrapassados e passar a agir comprometido com a dissolução de preconceitos, distinções ultrajantes, ódios religiosos, raciais ou decorrentes de diversidade sexual.
Assim como no Oriente Médio (agora é a Síria que está renascendo), a mudança deve vir de baixo para cima. Todos estão conectados por pensamentos, sentimentos e também pela internet. Hoje é possível, individualmente, fazer a diferença no cotidiano para que mais rapidamente a evolução necessária seja consolidada.
1 de fevereiro de 2012
MC DONALD´S UTILIZA HIDRÓXIDO DE AMÔNIA EM SEUS PRODUTOS
“Estamos comendo um produto que deveria ser vendido como a carne mais barata para cachorros e, após esse processo, dão o produto para humanos”, disse Oliver. “Por que qualquer ser humano sensato colocaria carne com amônio na boca de suas crianças?” , questiona.
SIGNIFICADO DE HIDRÓXIDO DE AMÔNIO
O hidróxido de amônio, de fórmula química NH4OH é uma base solúvel e fraca, só existe em solução aquosa quando faz-se o borbulhamento de amônia (NH3) em água.
Resumo de riscos: Nocivo quando ingerido, inalado e absorvido pela pele. Extremamente irritante para mucosas, sistema respiratório superior, olhos e pele.
Efeitos agudos: A inalação pode causar dificuldades na vítima como consequência: espasmos, inflamação e edema de garganta, pneumonia química e edema pulmonar.
Efeitos crônicos: A exposição repetida ao produto pode causar tosse, respiração ruidosa e ofegante, laringite, dor de cabeça, náusea, vômito e dor abdominal.
Órgãos afetados: Estômago e pulmões.
Fonte: www.restaurantesemsp.com.br
COMENTÁRIO: Aquilo que muitas pessoas não teriam coragem de fazer em seus próprios nomes, acabam fazendo "escondidas" em nome de grandes corporações.
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