3 de março de 2010

EMILY DICKINSON

Alguns guardam o Domingo indo à Igreja -
Eu o guardo ficando em casa -
Tendo um Sabiá como cantor -
E um pomar por Santuário. -

Alguns guardam o Domingo com vestes brancas -
Mas eu só uso minhas asas -
E ao invés do repicar dos sinos na Igreja -
nosso pássaro canta na palmeira. -

É Deus que está pregando, pregador admirável -
E o seu sermão é sempre curto.
Assim, ao invés de chegar no Céu, só no final -
eu o encontro o tempo todo no quintal.

Um comentário:

Anônimo disse...

Este foi um dos poemas citados no livro que me emprestaste, dos quais mais gostei, Darwinn. Aliás, é uma das leituras mais recomendáveis que pode ser feita a todos de alma sensível.
Abraços,
Cris.