Alguns guardam o Domingo indo à Igreja -
Eu o guardo ficando em casa -
Tendo um Sabiá como cantor -
E um pomar por Santuário. -
Alguns guardam o Domingo com vestes brancas -
Mas eu só uso minhas asas -
E ao invés do repicar dos sinos na Igreja -
nosso pássaro canta na palmeira. -
É Deus que está pregando, pregador admirável -
E o seu sermão é sempre curto.
Assim, ao invés de chegar no Céu, só no final -
eu o encontro o tempo todo no quintal.
Um comentário:
Este foi um dos poemas citados no livro que me emprestaste, dos quais mais gostei, Darwinn. Aliás, é uma das leituras mais recomendáveis que pode ser feita a todos de alma sensível.
Abraços,
Cris.
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