7 de junho de 2008

A BOLA DA VEZ...

Esta semana o Primeiro-Ministro Israelense Shaul Mofaz anunciou que “um ataque ao Irã é inevitável”, referindo-se à acusação de que o país estaria utilizando tecnologia nuclear para fins bélicos.

Essa música já tocou recentemente, esse filme eu já vi.

Até acredito que o Irã realmente esteja se utilizando de tecnologia nuclear para fabricar armas de destruição em massa, mas novamente me defronto com o Dilema Tostines, pois será que o Irã pretende ter armamento nuclear para destruir seus inimigos, ou será que seus inimigos pretendem que o Irã tenha armamento nuclear para destruí-lo.

A verdade é que o Irã, assim como o devastado Iraque, é um grande produtor de petróleo mundial, parecendo-me e também aos olhos de mais alguns milhões de expectadores lúcidos, ser a bola da vez.

A esse respeito, li recentemente uma crônica de Rubem Alves que se encaixa com perfeição ao tema, motivo pelo qual transcrevo-a a seguir:

Todo mundo quer a paz. Mas, como muito bem observou Santo Agostinho, cada um deseja a paz que lhe seja conveniente. A paz das galinhas é um mundo sem gambás. A paz dos gambás é um galinheiro cheio de galinhas. O presidente Bush quer a paz e, para que a sua paz seja alcançada, é preciso que o Irã seja destruído. O Irã deseja a paz e, para que a sua paz seja alcançada, é preciso que os Estados Unidos sejam destruídos.

Existe paz absoluta?

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