Voltaire foi um ícone da filosofia iluminista e, dentre suas obras mais importantes, figura o Tratado Sobre a Tolerância, clássico interessante que merece ser lido e pode ser encontrado em qualquer livraria.
O que é interessante notar na obra de Voltaire, é que apesar de criticar o fanatismo, principalmente de cunho religioso e a superstição em geral, deixava transparecer também forte e infundado preconceito cultural e racial, que pode também ser cunhado de intolerância.
Seguem trechos inusitados da precitada obra:
“(...) apesar do povo egípcio, sempre turbulento, sedicioso, covarde; povo que havia linchado um romano por ter matado um gato, povo desprezível em qualquer circunstância, não obstante o que digam dele os admiradores das pirâmides”.
Em uma nota de rodapé, Voltaire faz a seguinte observação ainda sobre o povo Egípcio: “são indolentes covardes, relapsos e volúveis, como os habitantes naturais desse clima (...)”
Nem parece o mesmo homem que ficou conhecido pela célebre frase: "Senhor, não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o direito que tem de dizê-las."
Um comentário:
A dúvida é saber qual frase ele falou primeiro. Assim sabemos se evoluiu ou regrediu em seus pensamentos.
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