De acordo com o Jornal Folha de São Paulo, Edison Lobão Filho (DEM-MA) será o 174º suplente a exercer o mandato de senador sem ter conseguido um voto sequer, segundo dados registrados pelo Senado nas últimas quatro legislaturas -entre os anos de 1995 e 2008.
Ele vai assumir o lugar do pai, Edison Lobão (PMDB-MA), nomeado novo ministro de Minas e Energia e já assume a cadeira do Senado como suspeito de esquemas milionários de sonegação de impostos e utilização de laranjas em negócios escusos.
Essa troca de cadeiras reproduz uma prática que se tornou comum no Congresso ao longo dos anos: parentes e financiadores de campanha - alguns deles alvos de denúncias de processos na Justiça - tornando-se senadores sem passar pelo crivo das urnas. Quase sempre, a vaga de suplente é uma moeda de troca entre partidos ou a garantia de que o mandato permanecerá com a família.
Em um sistema democrático, não se poderia admitir tal prática, pois obviamente, o suplente que assume nessas condições não detém representatividade alguma! Trata-se de uma distorção, um resquício da era medieval, que merece reforma urgente.
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