Os Estados Unidos pediram desculpas na sexta-feira (02/12) por um experimento conduzido nos anos 1940 no qual os pesquisadores infectaram com sífilis prisioneiros, mulheres e doentes mentais na Guatemala.
No experimento, destinado a testar a então recém-desenvolvida penincilina, os presos eram infectados por prostitutas e depois tratados com o antibiótico.
"O estudo de inoculação da doença transmitida sexualmente conduzida entre 1946 e 1948 na Guatemala foi claramente antiético", disseram a secretária de Estado Hillary Clinton e a secretária de Serviços Humanos e de Saúde Kathleen Sebelius em um comunicado.
"Além da penitenciária, os estudos ocorreram num asilo para doentes mentais e em quartéis militares", afirmou Reverby em um comunicado.
"No total, 696 homens e mulheres foram expostos à doença e depois tratados com penicilina. Os estudos seguiram até 1948 e os registros sugerem que, apesar das intenções, provavelmente nem todo mundo foi curado", afirmou ela.
OBSERVAÇÃO 1: esse fato me lembra de experiências médicas (terríveis diga-se de passagem) realizadas pelos nazistas na mesma época, do outro lado do Oeano Atlântico. Para os alemães, no entanto, não bastou um mero pedido de desculpas. Muitos foram julgados e condenados à morte.
OBSERVAÇÃO 2: Por que vir aqui na Guatemala fazer esse tipo de experiência? Por que os EUA não praticaram essa atrocidade dentro do próprio país, com o seu povo? Resposta: ora, a Guatemala na década de 40 era apenas mais um país cercado de mata por todos os lados, sem comunicação com o mundo. Esse tipo de atitude é típica do autoproclamado defensor global da liberdade, da ética e dos direitos humanos.
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