É
comum ouvir-se que as pessoas, mesmo imersas em oceanos de pessoas no seu
cotidiano, sentem-se progressivamente solitárias nos dias atuais.
Disso
se pode concluir que o remédio para a solidão, não é o mero convívio com outros
da mesma espécie, mas sim a forma de relacionamento interpessoal.
Quando
se nota que ninguém está se importando com os seus sentimentos ou seu
bem-estar, pode-se estar acompanhado de milhares de pessoas que a solidão
persistirá, o que tem sido agravado com o passar do tempo pela ruína do modelo
de afetividade familiar e pelo desenvolvimento da moral individualista própria
do sistema capitalista neoliberal.
Para
quem não a sente, a solidão é apenas mais uma palavra, porém, o mesmo não
ocorre para aqueles que a tem como companhia diuturna e indesejada.
Não
é à toa que a solidão é tema frequente para a sensibilidade do poeta. Alceu
Valença foi um dos que cantou as mazelas da solidão, em uma canção homônima,
que contém o seguinte trecho:
A solidão é
fera, a solidão devora,
É amiga das
horas, prima-irmã do tempo,
E faz nossos
relógios caminharem lentos,
Causando um
descompasso no meu coração.
Particularmente,
costumo pensar que gosto da minha própria companhia. É bem verdade que já
estive brigado com ela, mas hoje me considero um bom amigo meu, assim como o
Frejat quando canta a música “Tão Longe de Tudo”, que foi belamente desenhada
com os seguintes versos:
Solidão amiga do peito
Me dê tudo que eu tenha por direito
Me diga, me ensina
Ao dormir não sinto medo
Há um sol, existe vida
Me trate com jeito
Eu tenho saída
Estar só pode também ser bom, assim como silêncio de que falei na crônica da semana passada, basta que se consiga atingir uma sincera paz com o seu eu interior e com o mundo externo.
Solidão amiga do peito
Me dê tudo que eu tenha por direito
Me diga, me ensina
Ao dormir não sinto medo
Há um sol, existe vida
Me trate com jeito
Eu tenho saída
Estar só pode também ser bom, assim como silêncio de que falei na crônica da semana passada, basta que se consiga atingir uma sincera paz com o seu eu interior e com o mundo externo.